Albertino Nunes, responsável pela Adega Cooperativa do Fundão, salienta que aquele organismo recebeu cerca de metade das uvas, comparativamente ao ano passado. A campanha de 2011 acabou também por ser encurtada em número de dias sobretudo por razões económicas.
Contudo, a redução na quantidade de uvas não significa uma redução na qualidade do vinho. Para o responsável pela cooperativa fundanense, 2011 acabará por ser “um ano com vinhos de excelente qualidade”. Albertino Nunes sublinhou, à Rádio Cova da Beira que este ano “vamos ganhar algumas medalhas”.
Apesar de ao longo do ano as vinhas terem sofrido com intempéries e pragas, a qualidade das uvas que chegaram à Adega do Fundão levam a que os responsáveis mantenham a ideia de que “há já meia dúzia de anos que não se viam uvas com tal qualidade”. Muitos dos associados acabaram por perder metade da sua produção, mas existem também caso de perda total ou de muito próximo disso, daí que a campanha fique marcada por números tão baixos.
Um dos aspetos também referido por Albertino Nunes é o da duração da campanha. Este ano, a adega fundanense acabou por reduzir o seu período de receção de uvas. Uma decisão que acabou por causar alguma apreensão junto dos associados, mas que os responsáveis justificam com motivos económicos. A manutenção do período de recolha de uvas, por parte da adega representa mais gastos, pelo que “os associados têm de ajudar e encurtar os seus períodos de vindima”.
 Já no caso da Covilhã, segundo os responsáveis, a quebra é um pouco mais acentuada. A recuperação financeira da adega é tema que vem marcando também os últimos anos de atividade e a quebra na recolha acabará por ter algumas repercussões. Contudo, os responsáveis apontam para a produção de vinhos de qualidade e aposta em produtos que têm vindo a conseguir reconhecimento no estrangeiro.