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Historiadores defendem a origem portuguesa de São Luís do Maranhão
Douglas Cavallari (Correspondente no Brasil - S.Paulo) · quarta, 5 de outubro de 2011 · Internacional A cidade maranhense, que acaba de completar 399 anos, é uma das poucas capitais brasileiras que, oficialmente, não foi fundada por portugueses. Mas um grupo de historiadores locais está empenhado em descontruir a suposta primazia francesa. |
São Luís possui o maior acervo de azulejos portugueses fora de Portugal. |
21955 visitas Reconhecida pela UNESCO como “Patrimônio Histórico da Humanidade” e um dos grandes destinos turísticos brasileiros, São Luís, a capital do estado do Maranhão, considera oficialmente os franceses Daniel de La Touche e Fraçois de Rasilly como seus fundadores. Segundo a história oficial, os exploradores teriam fundado a cidade em 8 de setembro de 1612, com o objetivo de estabelecer a primeira base da futura “França Equinocial”. O nome escolhido para a cidade seria uma homenagem ao então soberano Luís XIII. Mas agora, passados quase 400 anos, investigadores da Universidade Federal do Maranhão e Universidade Estadual do Maranhão querem provar que a história verídica é outra e a suposta origem francesa é uma invenção dos últimos 100 anos. Segundo os historiadores, o real fundador da cidade é o pernambucano Jerónimo de Albuquerque Maranhão, um mameluco nascido da relação entre um português e uma índia. Notável militar, Jerónimo ficou conhecido pelas intensas lutas contras os franceses na região nordeste. Com base em documentos da época, os investigadores afirmam que os franceses construíram apenas um forte e alguns galpões na ilha onde está a capital. Todo o projeto urbanístico e a efetiva colonização foram realizados pelos portugueses a partir de 1614. Segundo alguns historiadores maranhenses, como Maria de Lourdes Lauande Lacroix e João Mendonça Cordeiro, a “paternidade” francesa de São Luís surgiu apenas no final do século XIX e início do século XX, para dar certo prestígio a então decadente capital. |
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