O Instituto Coordenador de Investigação candidatou diversos projectos científicos integralmente concebidos e desenvolvidos por três unidades da academia. As verbas, cerca de 3,5 milhões, foram disponibilizadas pelo Programa Mais Centro, através do eixo de Competitividade, Inovação e Conhecimento.

Ana Paula Duarte, vice-reitora para a Investigação e responsável pelo ICI explica que as candidaturas foram apresentadas pelas três unidades de investigação ubianas que têm classificação de excelente ou muito bom, neste caso, o Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), o Laboratório de Comunicação e Conteúdos On-line (LabCom) e o Aeronautics and Astronautics Research Center (AeroG): Estes projectos contam com a participação de investigadores de outras unidades da UBI e de outras universodades, promovendo a interdisciplinaridade. “Aquilo que procuramos também com estes projectos e com estas verbas é a promoção de uma interdisciplinaridade das várias áreas do saber, presentes na academia e nas instituições nacionais ou estrangeiras, que os investigadores julgaram ser relevantes de integrar. Durante todo o processo decorreu uma discussão estratégica das linhas de investigação. Penso que se conseguiu uma abrangência relevante das várias entidades”, diz a responsável. Ciências Biomédicas e Bioengenharia, Biotecnologia, Materiais e Tecnologias de Fabricação, Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica, Energias Renováveis e Sistemas de Transportes foram as áreas de incidência destes projectos. “O que esta medida de financiamento previa é que seriam financiadas áreas temáticas que já mostrassem um passado, ou seja, projectos eu já estão a ser desenvolvidos na academia e onde os seus membros tenham já trabalho reconhecido naquela linha de investigação. Isto para mostrar já algum trabalho feito e também alguma sustentabilidade nos projectos agora colocados em análise”, esclarece a vice-reitora. O pólo do Instituto de Telecomunicações na UBI lidera uma candidatura independente conjuntamente com o IT-Univ. Coimbra e IT-IPLeiria, tendo como parceiros o Centro Hospitalar Cova da Beira e a PT, num total de cerca de 1,8 milhões de euros.
Caso sejam aprovadas, a UBI verá assim reforçado o financiamento das suas unidades de investigação, especialmente em recursos humanos, nomeadamente com bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento. Estas linhas de investigação “não pressupunham projectos novos, apesar de terem aparecido alguns. Mas neste caso, quando estamos a falar em investigação é bom que se diga que precisamos de meios materiais, mas o essencial são meios humanos. A intenção é trazer bolseiros de doutoramento, pós-doutoramento, contratar especialistas estrangeiros, e todo um conjunto de apostas em recursos humanos qualificados. Nesse sentido não tenho dúvidas que haverá um grande impulso na nossa investigação”, diz Ana Paula Duarte.
Com uma aposta clara nos recursos humanos, as unidades de investigação abrangidas vão desenvolver trabalho na área da saúde, sobretudo nas doenças relacionadas com o envelhecimento, na área da comunicação móvel, do desenvolvimento de energias sustentáveis e de produtos aeronáuticos, bem como todos os aspectos informáticos que controlam a imagiologia médica são outras linhas de investigação em destaque na UBI.