A Feira de São Tiago já vai com mais de 600 anos de história. Um dos mais significativos certames de Verão, na Beira Interior, tem perdido fôlego nos últimos tempos. Os feirantes queixam-se da falta de dinheiro, de actividades culturais que preencham a maior parte dos dias do certame e, este ano, do pagamento de bilhetes para aceder ao recinto.
Este mercado que começou por ter lugar junto à Capela de São Tiago, na Covilhã, edifício que acabou por ser demolido, conheceu o seu maior fulgor quando se realizava no “Campo das Festas”, junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Covilhã. Contudo, com o crescimento da cidade e também do número de feirantes, a autarquia serrana decidiu-se pela realização do certame no Complexo Desportivo da Covilhã. Segundo os comerciantes, as condições melhoraram e o espaço disponível também. Para os visitantes, esta parece ter sido também uma boa escolha. Contudo, este ano, a autarquia decidiu-se pelo pagamento de ingressos na feira, durante o fim-de-semana. Uma medida justificada pela crise financeira e como forma de apoio ao pagamento dos eventos culturais que têm lugar nesses dias. A medida gerou polémica e os comerciantes boicotaram mesmo, por algumas horas, a feira. Ainda assim, a Câmara da Covilhã tem vindo a dar conta da presença de milhares de visitantes no evento.
Quim Barreiros foi quem inaugurou o palco de espectáculos instalado num dos campos relvados do complexo. Ao artista popular seguiram-se os “Deolinda”, que no passado dia 16 actuaram também na Covilhã. No passado sábado registou-se a maior enchente de gente até agora, com a actuação de José Cid. Tony Carreira, no próximo dia 30, encerra o evento, num palco onde passaram também Tom Hamilton e Ray Perry, André Silva, Hugo Alvarinhas e Oficina dos Sons. A entrada no recinto da feira é gratuita entre domingo e quinta-feira, às sextas o bilhete custa um euro e no próximo dia 30 de Julho, o ingresso custará cinco euros.