António Vicente é o novo presidente da Casa da Covilhã em Lisboa. A instituição que leva já 87 anos a mostrar a cidade serrana na capital e a juntar os covilhanenses que por vários motivos se mudaram para a capital está agora em risco de ter de mudar de instalações.
Segundo o novo presidente, em declarações à Rádio Cova da Beira, há já algum tempo que a colectividade não promovia actividades para os seus associados. Nesse sentido, as instalações encontravam-se já sem luz, “e muito pouco utilizadas”. Com o objectivo de alterar este cenário, António Vicente juntou mais alguns covilhanenses a residir na capital do País e decidiu avançar com uma candidatura à presidência da Casa da Covilhã. Depois de ter tomado posse como presidente fica também a saber que recai sobre o imóvel uma acção de despejo. “Quando tomámos posse encontrámos a Casa da Covilhã em Lisboa sem qualquer tipo de actividade. O imóvel estava praticamente fechado, a luz estava cortada e os amigos só vinham até este espaço de quando em vez”, explica aos microfones da RCB.
Nesse sentido, António Vicente contactou a proprietária do imóvel e os advogados que a representam tendo em vista “a resolução amigável do diferendo”. O novo presidente é o primeiro a admitir que “a renda paga é de um valor muito baixo”, daí que a nova direcção tenha já duplicado esse mesmo valor. “Agora é esperar e ver a resposta da proprietária”, acrescenta o presidente daquela colectividade. Na base da acção de despejo “que já não é a primeira”, está o facto “da casa ter estado fechada durante quatro anos e, segundo a proprietária, não lhe ter sido dada a utilização que era necessária no contrato”.
Razões que segundo António Vicente têm apenas um objectivo, a renegociação do contrato de arrendamento. Para o novo presidente, essa é também uma solução, mas “não temos muito dinheiro, pelo que teremos de chegar a um bom acordo”. Ainda assim, na semana em que a Casa da Covilhã em Lisboa foi visitada pelo presidente da Câmara da Covilhã e pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Vicente mantém a esperança de que até ao próximo dia 29 de Setembro, “a situação esteja resolvida” e as actividades da associação possam voltar a decorrer com a devida normalidade.