Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, explicou na passada semana, aos membros da assembleia municipal que o projecto de remodelação do Teatro Cine está já adjudicado. O arquitecto Graça Dias será o autor do estudo de renovação do espaço adquirido recentemente pela autarquia.
Ainda sem garantia de apoios financeiros, o social-democrata avança já com a data de apresentação do projecto. No próximo 20 de Outubro, as ideias delineadas pelo arquitecto devem ser dadas a conhecer à população. Para já, a autarquia serrana desembolsa cerca de 100 mil euros para a concepção de um projecto de renovação do Teatro Cine da Covilhã. A medida foi avançada na assembleia municipal e contou com o apoio de toda a oposição.
Pinto esclarece que a recuperação daquele espaço construído em meados do século passado deverá atingir cerca de seis milhões de euros. A autarquia não tem ainda qualquer garantia por parte do poder central para o início das obras, pelo que estas não têm sequer qualquer data de arranque. Nesse sentido, Pinto solicitou já “uma entrevista ao novo secretário de Estado da Cultura” e “aqui estamos, não sei se arranjamos financiamento tão rápido quanto isso, para uma obra que custará cerca de seis milhões de euros”, confessa o social-democrata.
Apesar disso, a aquisição do espaço à família Pina Bicho foi aplaudida por toda a oposição. Partido Socialista e Bloco de Esquerda foram os que mais elogiaram o desfecho de uma “novela” que vinha tendo nos impasses negociais e na entrega das chaves do edifício aos primeiros proprietários, os seus principais episódios.
Pinto acrescentou que caso o plano traçado pela edilidade corra como previsto, as obras de remodelação do espaço localizado em pela Praça do Município devem arrancar no início de 2012. Para além do edifício principal do Teatro Cine, a autarquia espera também recuperar a antiga pensão localizada por cima de uma entidade bancária, criando ai um café. “Todo o conjunto ficará com uma sala de 600 lugares, com duas de 200 lugares, com um pequeno teatro estúdio”, descreve o edil que diz também ter o final das obras apontado para 2014 ou 2015.