Os cerca de 80 investigadores que desenvolvem os seus trabalhos no CICS estiveram reunidos na Faculdade de Ciências da Saúde. Este encontro anual serve essencialmente para debater o sentido da investigação desenvolvida no seio desta unidade e apontar algumas orientações futuras.
Para os responsáveis por esta unidade, este encontro acaba também por se revelar uma reunião magna de todos os colaboradores e a apresentação dos seus trabalhos. O que acaba por servir de ponto de mostra das investigações desenvolvidas pelas várias equipas. A apresentação e discussão de alguns projectos em curso, as conclusões que estão a ser obtidas com os mesmos e a recolha de algumas sugestões acabou por marcar os trabalhos. Esta equipa multidisciplinar tem vindo a crescer anualmente. Um crescimento que também acabou por ser notado no contexto nacional, com a afirmação de um lugar próprio no leque de centros de investigação desta área.
João Queiroz, reitor da UBI e fundador do CICS mostra-se bastante agradado com o percurso que esta unidade tem vindo a desenvolver. Para Queiroz “o balanço que se faz é muito positivo, porque o centro de investigação cresceu muito e cresceu em qualidade. Temos muita gente, muita dimensão crítica, muitos projectos de investigação desenvolvidos por bolseiros e jovens investigadores e apraz-me registar que temos já mais de 80 investigadores”. No entender do antigo presidente desta unidade, o CICS deve continuar a sua ampliação. Na área da saúde, “para sermos mais competitivos, para fazermos melhor temos crescer ainda mais, e este crescimento corresponde a uma maior colaboração com outros organismos internacionais”. A internacionalização, nomeadamente através das parcerias com outras instituições e equipas, foi um dos pontos mais referidos ao longo dos trabalhos. Queiroz sublinha que “neste momento estamos já a afirmar a nossa qualidade e temos alguns projectos estruturantes para crescer ainda mais, o UBIMedical vai-nos ajudar também a isso, e o futuro passa por uma colaboração com laboratórios e farmacêuticas e isso significa um crescimento porque temos já massa crítica, bons laboratórios, equipamentos tão bons ou melhores do que os outros e temos de ter mais pessoas para potenciar esses projectos”.
O mentor deste centro recorda também que “há uma grande competição entre os grandes centros de investigação. Ao contrário do que normalmente se diz, esta é uma área muito mais competitiva que as outras, mas é uma área onde temos conseguido atrair novos investigadores e fixar os melhores investigadores que temos nos cursos destas áreas, como Medicina, Ciências Biomédicas, Ciências Farmacêuticas, Bioquímica, agora Biotecnologia e temos conseguido fixar os melhores alunos e atrair alguns bons investigadores. Isso dá-nos uma capacidade muito boa e uma competitividade para ganhar fundos e projectos e obter financiamento para os nossos investigadores”.
Ignacio Verde, presidente do Centro de Investigação em Ciências da Saúde apresenta uma visão semelhante. Para este responsável, “o centro está a progredir e tem cada vez mais investigadores, principalmente investigadores juniores, alunos de mestrado e de doutoramento. Isso reflecte-se na qualidade dos trabalhos que foram apresentados”. No balanço desta reunião de trabalho, onde foram tornados públicos diversos projectos em desenvolvimento nesta estrutura científica é visível que “cada ano os trabalho são mais complexos e mais competitivos, ao ponto de alguns deles terem já sido publicados em revistas internacionais e isso também se reconhece no número de publicações obtidas no final do ano”. Apesar do contexto financeiro nacional, o presidente do CICS espera manter “a possibilidade de contratar novos investigadores porque existem aqui alunos que querem continuar a fazer investigação e aí, evidentemente, depende sempre de fundos de outros externos”, reitera.