O parque automóvel dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC) está agora reforçado. O 136º aniversário da corporação trouxe como presente três novas viaturas de socorro. As duas ambulâncias, uma destinada ao apoio das acções do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), outra ao transporte de doentes para diversas consultas e apoios, estavam já operacionais há alguns dias. Mas a data de aniversário serviu de mote para a sua bênção e apresentação à comunidade. Veículos adquiridos pela corporação com o apoio de cidadãos e entidades do concelho.
No que diz respeito a novos meios, a Autoridade de Protecção Civil trouxe um carro de combate a incêndio. O veículo reforça agora um conjunto de viaturas destinadas ao combate de fogos florestais. Para os responsáveis pela corporação “há que sublinhar a qualidade e equipamento dos veículos que agora são colocados ao dispor das populações”.
Emídio Martins, presidente da direcção dos bombeiros, reforça a importância deste tipo de recursos. Para aquele responsável, o parque automóvel da corporação conta com um número significativo de viaturas “já com vários anos de uso”, pelo que “é necessária a sua substituição por veículos com melhores condições”. Para já, as principais necessidades dos bombeiros, nesta área, estão supridas.
No dia de aniversário, a corporação recebeu também a medalha de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses. Uma distinção atribuída pelos serviços e pelos anos de trabalho voluntário exercido por todos os elementos da corporação. Esta medalha passa agora a fazer parte do estandarte da corporação. Quem também acabou por ser distinguido foi o empresário Paulo de Oliveira. Ao longo de vários anos, o empresário ligado ao ramo têxtil tem sido uma das individualidades que mais recursos tem oferecido aos bombeiros covilhanenses.
Para o futuro, Emídio Martins deixa um desejo. O presidente da direcção dos bombeiros espera poder reunir apoio para a construção de uma unidade local de formação. Segundo o responsável a política das estruturas centrais vai no sentido de descentralizar a formação obrigatória aos bombeiros. Uma meta que passa pela criação deste tipo de estruturas nas várias zonas do País. Actualmente, os bombeiros da Covilhã fazem as suas formações em Proença-a-Nova. Deslocações, seguros e outros custos revelam-se encargos “que poderiam ser poupados pela corporação caso a Covilhã tivesse a sua unidade de formação”. Martins explica que se trata de um espaço “com cerca de um hectare de área e apetrechado para servir de local de treino e formação dos bombeiros”. Uma investimento que segundo as contas do presidente da direcção ronda os 25 mil euros. A ideia foi já apresentada a diversas entidades, nomeadamente, à autarquia serrana, que segundo Martins “ainda não mostrou disponibilidade para apoiar”.
A resposta, por parte da câmara, surgiu pouco depois. Carlos Pinto, presidente da edilidade, diz que “está aqui em causa não apenas a decisão em função dos impulsos que vêm de fora. Queria dizer ao presidente da direcção que precisamos de saber qual é o investimento para essa escola de formação e precisamos de saber qual é o custo para manter essa escola de formação, quem é que paga o quê, quantos formadores e qual o horizonte de trabalho que essa escola pode ter porque ela não vai actuar, seguramente, apenas para os formandos da Covilhã. Para esse projecto estamos abertos”.