Valorizar o papel das bibliotecas na construção do percurso de leitores, apresentar projectos de promoção das bibliotecas e reflectir sobre a importância das bibliotecas no sucesso educativo são razões apontadas pelos mentores do encontro que se realiza amanhã na UBI. “Viver as bibliotecas” foi o nome escolhido para o seminário que decorre na Faculdade de Ciências da Saúde e reúne cerca de 300 docentes e membros da comunidade escolar.
Segundo Graça Sardinha, do Departamento de Letras da UBI, esta reunião de trabalho procura ser um momento de divulgação e partilha de boas práticas “daquilo que tem sido o trabalho das bibliotecas escolares”. Ao longo de todo o dia de trabalho são vários os assuntos a serem tratados. As articulações das bibliotecas escolares e a construção do percurso de um leitor, os percursos a trilhar na formação dos leitores e também o papel do marketing das bibliotecas na constituição de novos leitores são áreas tratadas nos painéis que compõem o programa da jornada. Um evento que será encerrado pela intervenção de Fernando Pinto do Amaral, do Plano Nacional de Leitura.
A docente da UBI e uma das organizadoras fala também no estado actual das bibliotecas escolares. Sardinha acrescenta que “actualmente, os professores bibliotecários são professores de carreira que fazem a sua especialização”. Daí a necessidade deste tipo de encontros de trabalho e do desenho de novos caminhos para onde se deverá direccionar a actividade profissional. “Havia necessidade de aqui, no interior, também fazermos um colóquio deste tipo. O trabalho desenvolvido nas bibliotecas escolares, as pontes desenvolvidas através do currículo nacional, todo esse papel das bibliotecas como centro de formação e recursos deve ser sublinha”, reforça a docente do Departamento de Letras.
Nos últimos tempos, o cenário, nesta temática, “tem evoluído bastante”. Para a organizadora do evento “as bibliotecas escolares, como hoje são conhecidas, não existiam e se existiam eram espaços fechados”. A dinamização destes espaços e o papel na formação dos alunos são aspectos que conhecem agora importância devida. Isto porque, “a promoção da leitura é feita nas escolas através das bibliotecas, núcleos importantíssimos de disseminação destas práticas”. Um outro papel apontado por Graça Sardinha é o da “mediação dos próprios agentes de leitura”. Para a docente da academia, não basta ter um espaço com livros ou impor leituras aos alunos, torna-se importante “promover a compreensão e fomentar bons leitores”.
O evento organizado pela UBI, pelo Centro de Formação de Professores, pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, pelo Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha e também pela coordenadora concelhia para as bibliotecas escolares surgiu no âmbito da cadeira “Bibliotecas escolares” que é leccionada na pós-graduação em ciências documentais da UBI.