Um dos principais entendidos no Processo de Bolonha, em Portugal, veio até à Covilhã explicar as principais alterações que este tipo de metodologia tem vindo a implementar no ensino superior. Pedro Lourtie, docente no Instituto Superior Técnico foi um dos oradores no Fórum Bolonha e Tecnologias na Aprendizagem “Learn@UBI”.
Esta reunião de trabalho, que contou com a presença de vários docentes, nomeadamente os directores de curso marcou o culminar de um ano lectivo em que foram desenvolvidas na Universidade um conjunto de actividades destinadas a promover o aprofundamento do Processo de Bolonha e a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem. Isabel Neto, pró-reitora para o desenvolvimento e apoio educativo sublinha a necessidade de mostrar à comunidade académica o trabalho realizado, bem como “promover o debate e a disseminação das experiências que foram empreendidas”. Para esta responsável, “o importante é recolher a opinião das pessoas e que estas reconheçam todo um trabalho que está a ser feito e um caminho que nos propusemos percorrer. Estamos a fazer um esforço nesse sentido mas não pode ser feito sem a ajuda das pessoas. Contamos aqui com esses protagonistas que são os directores de curso e professores para alcançar esse objectivo”.
Neste encontro, que teve a Faculdade de Ciências da Saúde como palco, para além da apresentação, pelos directores dos cursos envolvidos, das intervenções realizadas no âmbito do Processo de Bolonha e dos resultados alcançados, surgiram também duas apresentações de entidades exteriores à academia. “Novas formas de ensinar e de aprender no Ensino Superior – exemplos de práticas e de investigação na Universidade de Aveiro” foi o título da conferência apresentada por Fernando Ramos, da Universidade de Aveiro e Pedro Lourtie, do Instituto Superior Técnico, falou sobre o “Desenvolvimento de competências - um desafio pedagógico”.
Mostrar a todos intervenientes as mudanças e as possibilidades que se abrem com Bolonha foi uma das metas conseguidas, à qual se juntou “o sublinhar de uma mensagem muito importante, a de que o trabalho não está acabado, está apenas começado. Esperamos que tudo isto seja o início de uma melhoria do processo de ensino-aprendizagem, a maneira como apresentamos e desenvolvemos as capacidades do nossos alunos e ganharmos projecção internacional”, diz Isabel Neto.
Um debate que decorreu precisamente na semana em que a academia divulga o número de alunos presentes na UBI, no ano lectivo 2010-2011. Ao todo, a UBI conta com 7028 alunos distribuídos pelos três ciclos de ensino, nomeadamente, licenciatura, com 3901 alunos, mestrado integrado, com 1326, mestrado, com 1439 alunos e doutoramento com 362 alunos.
Um corpo docente qualificado, uma aposta clara num ensino centrado no aluno aliado a investigação de qualidade, com uma oferta formativa à altura das exigências do mercado de trabalho, são condições fundamentais para a crescente procura desta instituição que, no último ano, aumentou em 6.36 por cento o número de alunos. Os responsáveis lembram que esta marca não era atingida desde 2007/2008, e que superou os 5.6 por cento alcançados no ano lectivo anterior (2009-2010). A UBI é assim uma das poucas universidades que, em Portugal, aumenta sustentadamente o número de alunos desde o ano lectivo 2005-2006, ano em que a UBI contava com cerca de 5400 alunos.