O antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, foi o convidado de honra do encontro promovido pelo Distrito 1970. Esta estrutura associada ao Rotary Clube de Portugal trouxe até à UBI cerca de 250 congressistas que durante dois dias debateram temáticas subordinadas ao “Rotary, Fraternidade e Compreensão Mundial”.
Este que foi um dos maiores eventos nacionais da Fundação de Rotários Portugueses decorreu no Grande Auditório da FCS. Jorge Sampaio, apresentou uma comunicação sobre a “Aliança das civilizações”, como alto representante da ONU. O antigo Presidente da República começou por lembrar a grave situação económica e social que está instalada em todo o planeta. Apesar de ser possuir de “um optimismo militante permanente, há um conjunto de temas que estão em cima da mesa que são bastante difíceis”. Sampaio sublinha que áreas como as da energia, desenvolvimento sustentável, crescimento da população, dificuldades económicas e financeiras, entre outras, “são cada vez mais exigentes e necessitam da atenção de todos”. Para o alto representante da ONU, só um espírito de fraternidade poderá resolver esta crise”, até porque “nada se pode resolver de país para país, essa é, aliás, uma estratégia que pagaremos caro”, garantiu o antigo responsável da Nação.
Sampaio lembra que “todos estamos a viver tempos difíceis, mas em Portugal não haja ilusão, vamos viver tempos piores. Daí ser necessário assegurar um certo espírito de coesão nacional, colectivo. Temos de interiorizar que este não é um problema pessoal, nem de um grupo, é de todos nós”. A mensagem parece ter encontrado eco nos desígnios do Rotary. Álvaro Gomes, chairman da conferência do “Distrito 1970” lembra que este tipo de encontros serve sobretudo “para analisar o que queremos ser e fazer para as comunidades e para o mundo”. Também Jorge Saraiva, representante do Rotary da Covilhã sublinha a actualidade do tema. Saraiva diz que “estamos a construir um novo tempo, o desafio aqui deixado tem de ser encarado e aceite no seio dos rotários e isto porque o movimento rotário tem essa capacidade de conseguir realizar esse projecto. Não conheço instituição que tenha dado maior contributo para a paz”.
Para o representante local, “o balanço só pode ser francamente positivo, com uma boa vontade transformada em espírito de fraternidade aberta à boa compreensão mundial. Fomos bem sucedidos no que toca aos nossos companheiros uma vez que estiveram aqui presentes cerca de 250 membros”. O Rotary é uma associação mundial de mais de 33 mil Rotary Clubs espalhados em cerca de 200 países e regiões geográficas. Os rotários integram uma rede global de cerca de 1,2 milhões de líderes profissionais e empresariais, que dedicam tempo e conhecimentos ao serviço nas suas comunidades e no mundo.