O colóquio teve como objectivo proporcionar um maior envolvimento da comunidade académica da UBI em programas de voluntariado, identificar as instituições da região que promovam o voluntariado, promover a participação de possíveis interessados e dar a conhecer os processos necessários para aderir ao voluntariado.
Estiveram presentes vários conferencistas, como Alcides Monteiro, professor de Sociologia, que defendeu que “na sociedade onde vivemos já não há voluntários. As pessoas tornaram-se individualistas, desinteressadas e imaturas. O voluntariado tende a desaparecer”. Quando se fala em voluntariado por parte dos jovens portugueses, o professor refere “os jovens não fazem muito voluntariado, por desconhecimento e porque têm uma ideia errada do que é o voluntariado, daí eu achar importante esta iniciativa, para que estas associações dêem dele uma outra perspectiva e uma outra imagem, tornando-o mais atractivo.”
Um dos temas em debate foi o voluntariado nos hospitais, onde a principal tarefa dos voluntários é “dar apoio psico-emocional aos utentes e aos seus familiares”. Nuno Abreu é o coordenador do voluntariado do Centro Hospitalar Cova da Beira e revela que “no nosso hospital temos voluntários dos 16 aos 83 anos”. Questionado sobre se é possível qualquer pessoa fazer voluntariado num hospital, o coordenador revela que as actividades que existem no hospital são bastante heterogéneas e que “com alguma formação é possível qualquer pessoa prestar voluntariado no hospital. Existe o cuidado colocar os voluntários nas actividades em que se sentem mais capazes, pois não é obrigatório que estejam ligados directamente ao doente.”
Para além destes nomes estiveram também presentes, Paulo Cruz, do Banco Alimentar, Lénia Pereira, presidente da Associação Académica da UBI, e Ana Neves, representante da associação Beira Serra.