Começando desde cedo por deixar bem  claro que a “gestão de saúde é um elemento chave para que o sistema de saúde se mantenha como está – livre e tendencialmente gratuito”, o orador apontou depois ao longo da sua intervenção os principais obstáculos que o sistema de saúde espanhol, que em breve começara também a ser aplicado em Portugal, enfrenta, ao mesmo tempo que o tentava defender de quem o acusa de ser “um sistema que gasta muito dinheiro”. “O nosso sistema mantêm as pessoas produtivas, mantêm-nas a trabalhar mais tempo e isso é dinheiro. É preciso ver o sistema de saúde não só como uma forma de gastar mas também de ganhar dinheiro” referiu o conferencista.
Depois de destacar que os cidadãos estão “cada vez mais activos, educados e informados” Antonio Olivera assinalou que como resultado directo desta realidade existe “mais capacidade de comparação” e “mais exigência “ para com o serviço público por parte dos seus utentes. Por isso as exigências de qualidade são cada vez maiores e a essas exigências é preciso, segundo o médico espanhol, dar uma resposta rápida, mas não sem antes “referirmos o que entendemos por qualidade, pois o que é a qualidade varia de muitos pontos de vista”.
Esta conferência inseriu-se dentro do plano curricular dos alunos do Mestrado de Gestão de Unidade de Saúde (GUS) sendo organizada por Anabela Almeida,  responsável pelo 2º ciclo de GUS.