Está marcada para as 21.30 horas do próximo sábado, a apresentação do 83º trabalho do Teatro das Beiras. Desta vez a companhia teatral covilhanense encenou uma peça destinada aos mais novos. O trabalho que vai ser apresentado no dia 14, poderá depois ser visto entre dia 16 e 27, em espectáculos realizados às 11 e às 14.30 horas.
Esta peça foi encenada por Isabel Bilou e conta com a interpretação de Pedro da Silva, Rui Raposo Costa e Vânia Fernandes. O texto adaptado de um livro de António Torrado conta as peripécias de um menino que pelos azares da história, ficou órfão muito cedo. E como único filho herdeiro, viu-se forçado a subir ao trono. Esta obrigação “surge muito antes de ter estudado tudo o que devia, muito antes de saber de cor todos os nomes das terras, montanhas e rios, do país onde ia reinar. Um rei-menino que ansiava brincar como menino que era: saltar a janela da sala do trono e ir ao encontro de outros meninos que jogavam ao berlinde na rua”, descrevem os promotores do espectáculo.
Neste trabalho, o público infantil, e não só, vão ser confrontados com o facto do actor principal ter assumido a responsabilidade de ser rei muito cedo, tão cedo que “a própria coroa de ouro era pesada demais para a sua pequena cabeça quando assistia às cerimónias palacianas ou presidia ao enfadonho Conselho Real rodeado de velhos conselheiros. "Um rei é um rei" - Dizia-lhe o aio D. Belizário, no dia que o reizinho decidiu fazer de patins, o seu longo percurso até à sala do conselho; o seu manto esvoaçava como uma longa asa. "E um menino é um menino" - Respondia o rei, cansado da sua obrigação de reinar. Onde se teriam escondido os sonhos de menino durante o seu reinado? E os amigos da sua idade, os berlindes, os jogos da cabra-cega, do eixo e da bola? Decerto que bem guardados na sua imaginação. Anos depois, já rei-homem, parece que não reinou mal. Talvez porque sonhos e desejos cresceram com eles, tornando o seu coração mais forte”, acrescentam os membros do Teatro das Beiras.
Um trabalho que conta ainda com cenografia de Fernando Landeira, banda sonora de Gil Salgueiro Nave e desenho de luz de Fernando Sena.