Foi aprovado por unanimidade o Relatório de Contas de 2010 da UBI. O Conselho Geral que esteve reunido na passada sexta-feira, 29, na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) num encontro de trabalho que teve como principal objectivo tomar conhecimento do exercício financeiro do ano anterior, das novas ferramentas de gestão e também de medidas que estão a ser estudadas para 2011.
A principal conclusão da reunião é mesmo o resultado final de 2010, em termos financeiros, conseguido pela academia. Segundo as contas apresentadas na passada sexta-feira, a instituição conseguiu duplicar os resultados positivos de 2009 e chegar ao final do ano com um total de três milhões e 700 mil euros. Números que reflectem “uma crescente produtividade, mas também mais receitas provenientes de projectos e investigações”, diz João Queiroz. O reitor da academia lembra que uma gestão conjunta da universidade e dos serviços de acção social tem também servido para um melhor enquadramento dos recursos e diminuição das despesas correntes.
Estes resultados conseguiram o voto favorável de todos os membros do Conselho Geral. Carlos Salema, presidente deste órgão começou por sublinhar a importância do resultado “num tempo de forte contenção”. Os dados transmitidos aos conselheiros durante a reunião “deixaram-me bastante descansado”. Salema sublinha também a apresentação das ferramentas de gestão da academia. “Neste momento temos também a capacidade de analisar as contas de forma mensal”, diz o presidente do CG. Novas formas de contabilidade, que têm vindo a ser postas em prática, permitem isso mesmo. Estes mecanismos “ganham maior importância num período como o actual, de forte contenção”, reitera Salema.
As capacidades da contabilidade analítica que está a ser aplicada na academia permitem também “ter um conhecimento preciso dos gastos dispendidos por aluno nos diferentes cursos. Segundo Carlos Salema, “na UBI, a média de custo de aluno por ano ronda os cinco mil euros”. Um valor que surpreendeu o presidente do CG sobretudo porque “não varia muito de cursos para curso”. A título de exemplo, o custo de um aluno em Medicina “é pouco mais que um aluno de Ciências da Comunicação ou de outro curso. Há alguns dados que me surpreenderam como é o caso também dos doutoramentos em medicina serem dos mais baratos, isto quando se pensa sempre na formação médica como algo bastante dispendioso para as instituições”.
O presidente do CG adianta também que houve já alguns avanços das linhas mestras do Plano Estratégico da UBI para 2020. Um documento “mais estratégico do que orçamental” que vai permitir ter um conhecimento detalhado das áreas de expansão da academia, nos próximos anos. A apresentação e discussão deste plano deve acontecer já na próxima reunião do órgão, antes do mês de Agosto. Encontro que desta vez terá lugar na Faculdade de Artes e Letras.