O papel essencial do concurso de música Júlio Cardona foi o tema mais abordado por Gabriela Canavilhas, na sua deslocação à Universidade da Beira Interior. A ministra da Cultura esteve na passada quinta-feira, 21, no Auditório Principal da Faculdade de Ciências da Saúde para entregar o primeiro prémio da oitava edição deste concurso.
“Este foi o primeiro grande evento, na região, a promover as cordas. Numa altura em que em Portugal não havia muitos alunos de cordas, sobretudo de violinos, este concurso veio reverter isso”. Para a responsável pela pasta, o alcance deste evento é hoje de dimensão internacional. Na cerimónia de encerramento da oitava edição do evento, Gabriela Canavilhas entregou o primeiro prémio desta oitava edição a Andriy Murza, da Ucrânia. A ministra aproveitou também para lembrar “os excelentes músicos que têm sido forjados na cidade”. O trabalho desenvolvido pelos maestros Luís Cipriano e Rogério Peixinho, e também a formação prestada pela Escola Profissional de Artes da Beira Interior, “acaba por dar frutos na qualidade profissional dos músicos”.
Na organização do evento há 16 anos, o maestro Campos Costa faz também um balanço “francamente positivo” do evento. Esta edição, orçada em mais de 40 mil euros, “foi das que mais me custou a organizar”. Este responsável sublinha que os tempos de crise afectam todos os sectores e “encontrar apoios que nos permitam manter este grau de qualidade é muito difícil”. A Universidade da Beira Interior abriu as portas a este evento pela primeira vez. Tradicionalmente, o concurso decorria no Teatro Cine da Covilhã, mas este ano, a autarquia solicitou à organização do evento a procura de outro lugar para o mesmo.
Para Campos Costa, “o concurso tem conseguido atrair músicos cada vez melhores, o que significa que começa a ser notado no estrangeiro”. O maestro que desenvolveu este evento espera agora um forte apoio do Ministério da Cultura para os próximos anos.