A realização destes trabalhos serve para os alunos aprenderem ao “simularem as condições de produção profissionais de uma curta-metragem”. As gravações decorrem num ambiente especial “é um tipo de pressão diferente estar a trabalhar para amigos e colegas, a descontracção é maior. Mas em termos práticos é a mesma coisa” afirma Pedro Lopes, estudante de mestrado.
São aproximadamente 30 projectos, em que os alunos têm total liberdade criativa. Luís Nogueira, responsável pelos projectos de licenciatura, diz que “são critérios fundamentais de avaliação a solidez da execução técnica e a singularidade da criação artística do filme no seu conjunto.”
O protocolo que existe entre a UBI e o Instituto do Cinema e Audiovisual proporciona o apoio financeiro que Afonso Silva, aluno de licenciatura considera suficiente “o orçamento máximo que a escola oferece é de cerca de 400 euros. Com essa verba consegue-se fazer uma boa curta-metragem” e acrescenta ainda “estamos em tempo de crise, não é de dinheiro que precisamos: é de boas ideias!” A nível técnico acrescenta que “a universidade oferece quase todas as condições que poderíamos desejar. Só nos falta uma boa grua, um bom charriot e uma steadycam.” Além do material técnico, a universidade contribui com alojamento gratuito para actores. Os restantes patrocínios são requeridos pelos próprios alunos. Pedro Lopes, que este ano finda a vida académica com o seu projecto “Enquanto dura”, lamenta o facto de os financiamentos terem sofrido este ano um corte de mais de 50 por cento.
Os resultados dos trabalhos que estão a ser realizados por esta altura poderão ser vistos em Setembro ou Outubro no Ubicinema, na mostra anual de filmes dos alunos de Cinema. Entre os actores que participam este ano, há nomes conhecidos do grande público como Sónia Brazão, Pedro Lima, Alexandre Silva e Inês Castel Branco.