D. António Felício começou por frisar que “a sociedade não se pode contentar com uma democracia representativa, mas sim com uma democracia participativa”.
Tendo em conta o “tabuleiro” onde se encontram todas as representações na sociedade, o Bispo da Guarda sublinhou que “as pessoas devem estar sempre em primeiro lugar tendo em consideração que o problema da crise não se baseia só numa crise de valores”.
Adiantou ainda que a resposta da igreja à crise “se baseia na assistência às pessoas, não as excluindo mas inserindo-as como actores da sociedade. Tem de haver coragem para dar a palavra aos cidadãos baseada num diálogo profícuo com os seus representantes». D. Manuel Felício defendeu que «é preciso uma sociedade nova apoiada no valor da família, numa sociedade informada e com um nível de natalidade mais elevado, em que a valorização humana não assente num consumismo e materialismo exacerbado”.
Padre Henrique Santos, Capelão da UBI, fazendo o balanço ao Ciclo de Conferências As Oportunidades da Crise, considerou que o evento “foi muito positivo, e a adesão foi boa ao longo das cinco conferências”. Disse ainda que “o caminho mais curto no combate à crise é o envolvimento de toda a sociedade civil” e que “não devemos estar preocupados em que sejam os quadros superiores ou o Estado a resolver os problemas, para se poder superar a crise é necessário ser menos individualista servindo assim como motores para uma sociedade mais justa e solidária”.
Esta foi a última das cinco conferências que coincidiram com o período quaresmal, nas quais estiveram presentes figuras relevantes da nossa sociedade discutindo as “ Oportunidades da Crise”.