O Museu Judaico, em Belmonte, foi o local escolhido para a apresentação de mais um vinho produzido pela Adega Cooperativa da Covilhã e pelo rabino da comunidade judaica. O novo vinho kosher vai estar no mercado nacional em breve, mas as primeiras amostras enviadas para Inglaterra e Estados Unidos da América tiveram “um bom acolhimento”, confessa Matos Soares, presidente da cooperativa.
Em declarações à Rádio Cova da Beira, o presidente da cooperativa explica que este vinho volta a ter o certificado kosher, uma vez que “foi produzido pelos membros da comunidade judaica de Belmonte”, respeitando as tradições. A cooperativa covilhanense tem já no mercado, desde 2003, alguns vinhos kosher, como o “Terras de Belmonte”ou “Sepharad”. Produções que têm vindo a conhecer um bom desempenho no mercado estrangeiro. Nesse sentido, a adega voltou a desafiar os membros da comunidade de Belmonte que voltaram a abraçar a ideia.
Segundo os responsáveis da cooperativa, a produção do vinho, desde a colheita das uvas à sua maceração, passando pelo manuseamento de mostos e outros passos, só pode ser realizada por membros da comunidade. Para além disso, este tipo de produto também “não possuí qualquer produto de origem animal, ou seja, são utilizados normalmente na produção do vinho, gelatinas, ovos e outros compostos que não podem estar presentes neste”, acrescenta Matos Soares.
Para já, o novo kosher só está disponível na variante de vinho branco. Da venda de vinhos anteriores e das amostras deste novo produto, o presidente da adega confia que “a aposta vá dar bons resultados”. Este novo produto está também já a ser levado para as feiras da especialidade. Matos Soares sublinha que “esta é uma mais-valia para a nossa produção”.
Este novo vinho branco kosher conta com uma produção de 6500 garrafas. Dentro de alguns meses deve estar terminado o engarrafamento do vinho tinto.