A dívida da Câmara da Covilhã desceu de 95 para 89 milhões de euros. Os números foram avançados por Carlos Pinto, na reunião privada do executivo, que teve lugar dia 1 de Abril. Para o autarca social-democrata trata-se de um esforço representativo num tempo em que “o Estado não cumpre as suas transferências para as câmaras”.
Esta redução, ainda assim, não implica para Pinto, uma paragem nos trabalhos camarários. O chefe do executivo municipal aproveitou a sessão de trabalho para lembrar que estão em curso trabalhos em vários pontos do concelho, “como é o caso da Vila do Carvalho e na própria cidade”. O futuro parece passar “pelo aproveitamento de fundos comunitários”, num tempo em que a taxa de execução do plano de actividades não chega aos 20 por cento.
Foi precisamente por esse ponto que Vítor Pereira denunciou a “contabilidade dúbia”. Isto porque, segundo o vereador socialista, a execução dos trabalhos a que a autarquia serrana se propõe não chega aos 20 pontos percentuais. Para além disso, a questão da dívida “não está totalmente esclarecida”. Pereira diz que aos 89 milhões “há que juntar os passivos do Parkurbis, da SRU, Águas da Covilhã e outras”. No entender do PS, a dívida total da Câmara da Covilhã “deve passar os 100 milhões de euros”.
O vereador socialista mostra-se preocupado com esta situação. Promover um ajuste na tesouraria da câmara “é um aspecto prioritário, sobretudo pela sustentabilidade futura do município”. O socialista lembra que em 2013 os fundos comunitários terminam e as transferências do Orçamento de Estado também vão sofrer uma quebra.