Mais de 500 estudantes deram uma nova vida à cidade norueguesa de Trondheim. Decorreu ali o International Student Festival 2011, que reuniu alunos universitários oriundos de 104 países. Joana Brioso, aluna da UBIO, representou Portugal neste evento que debateu algumas ideias para as políticas futuras.
Durante dez dias, a aluna da UBI participou em workshops e sessões plenárias com a presença de várias figuras de importância reconhecida mundialmente, na área da saúde. “Foram dez dias em que aprendemos, ganhámos experiência, desafiámos as nossas próprias opiniões e tratámos um tema comum a todos – a saúde – de todos os pontos de vista possíveis”. Segundo Joana Brioso, que se deslocou à Noruega, com um apoio da Universidade da Beira Interior, os participantes foram distribuídos por 17 workshops e “em cada um pretendia-se discutir a saúde de acordo com o seu título – Saúde Mental, Teatro, Desporto, Saúde Materna, Futuro, Água, Genes, entre outras. A estudante de Medicina da academia portuguesa acabou colocada na área das políticas de saúde.
Com um grupo de 24 estudantes vindos de Portugal, França, República Checa, Bielorússia, Ucrânia, Roménia, China, Taiwan, Indonésia, Malásia, México, Ecuador, El Salvador, Venezuela, Brazil, Canadá, Uruguai, Peru, Gana, Cazaquistão, e quatro orientadores da Noruega “pudemos partilhar como é o sistema de saúde em cada um dos nossos países, o que de bom e mau têm, os problemas que enfrentam, como são financiados”. Uma experiência realçada pela aluna portuguesa, sobretudo no carácter diversificado de realidades. Com o contacto pessoal e a partilha de experiências “acabei por conhecer a realidade dos estudantes de medicina e dos médicos nos outros países”. “Eu queixo-me facilmente quanto ao estado do nosso País, mas depois destes dias passados com pessoas de lugares tão diferentes do nosso, aprendi a valorizar muito mais o que temos. Há países, como a Ucrânia ou Roménia, em que é preciso pôr uma nota no bolso do médico para assegurar que somos bem tratados… Noutros, como o Ecuador, temos de ir à farmácia comprar agulha e fio se queremos ser suturados porque no hospital não têm… No México, quando um estudante acaba o curso de Medicina é obrigatoriamente enviado para uma zona rural remota durante um ano, e tem de aceitar o lugar em que calhar. Aprendi a valorizar mas aprendi também que podemos ser ainda melhores: na Noruega e no Canadá os sistemas de saúde são quase gratuitos, eficazes, e motivos de inveja para qualquer país”, sublinha Joana Brioso.