Alertar e informar a população para os riscos do AVC são os objectivos base da iniciativa do CHCB. Amanhã, dia 31 de Março, a Unidade de AVC desta valência hospitalar irá promover um conjunto de acções que lembram os perigos da primeira causa de morte e incapacidade em Portugal.
Neste sentido, e a partir das 14 horas, o Anfiteatro da Escola Secundária Campos Melo, é palco de uma iniciativa alusiva ao tema “AVC: a solução está na prevenção”. A tarde temática conta com a intervenção de Ana Monteiro, nutricionista do CHCB, que irá falar sobre a Prevenção do AVC sob o ponto de vista da alimentação; Idalina Freire, farmacêutica da mesma unidade hospitalar, que irá esclarecer a plateia sobre os cuidados a ter com a medicação; Júlio Martins, docente da Faculdade Ciências do Desporto da UBI, cuja prelecção irá acentuar a tónica da actividade física na prevenção do AVC; Miguel Castelo Branco, director da unidade de AVC do CHCB, que se irá pronunciar sobre a relevância e benefícios da “Via Verde para o AVC”; Sofia Ravara, pneumologista e responsável pela consulta de cessação tabágica do CHCB, que irá alertar para a questão do tabagismo enquanto factor de risco do AVC e Tânia Pinto, enfermeira na Unidade de AVC do CHCB, que irá abordar a necessidade de controlar a pressão arterial. Neste evento vai decorrer também uma sessão de ensino prático acerca do modo como se avalia a pressão arterial.
Recorde-se que, com vista a aumentar a acessibilidade destes doentes ao hospital, o Centro Hospitalar Cova da Beira possui desde Janeiro de 2009 uma “Via Verde para Doentes com AVC”, ou seja, um protocolo que permite “identificar e encaminhar o doente com AVC com muito mais celeridade e eficácia, através de uma plataforma constituída por profissionais de saúde preparados, com formação específica para reconhecer os sintomas e realizar um diagnóstico mais rápido e seguro com vista a uma terapêutica também mais rápida e eficaz”, explicam os responsáveis por aquele serviço. A existência desta via, ainda no entender do CHCB, “tem permitido salvar muitas vidas e diminuir as sequelas, obtendo-se assim uma maior sobrevida, bem como a maior qualidade da mesma, num país em que por ano mais de 20 mil pessoas morrem vítimas de AVC”.
Recorde-se que, desde a criação desta unidade em Dezembro 2004, o CHCB já recebeu e tratou cerca de 2000 doentes. Dado tratar-se de uma doença de início súbito que pode evoluir rapidamente para um quadro de sequelas graves ou até mesmo para a morte, “é importante não desvalorizar os sinais e pedir ajuda atempadamente, pois dessa celeridade dependerá o sucesso de resolução dos casos e a qualidade de vida futura dos doentes”, acrescentam. Daí a importância deste tipo de iniciativas dirigidas a toda a população.