No passado dia 17 de Março, a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior foi palco de uma conferência sobre reiki e biosintonia, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Medicina (MedUbi).
O reiki é uma terapêutica «complementar e integrativa», em que um tratamento é realizado através de uma técnica de contacto leve, ou mesmo sem contacto, do local afectado no corpo. Esta técnica visa «realinhar o fluxo de energia vital, trazendo o equilíbrio energético ao corpo e uma sensação de bem-estar geral».
Romeu Mendes, membro do Núcleo de Alunos de Medicina (Medubi), salienta que esta conferência, «Reiki e biosintonia de braço dado com a saúde», “pretende ser o inicio de um ciclo de conferências para esclarecer e sensibilizar as pessoas para esta técnica. Esta primeira excedeu largamente as nossas expectativas, com cerca de 160 pedidos de inscrição”.
A oradora convidada foi Vanda Carvalho, mestre de reiki e biosintonia e membro da Associação Portuguesa de Reiki. Vanda Carvalho, considera o reiki e as técnicas de alinhamento de energia muito importantes pois “somos ser mentais, logo, o que mudamos mentalmente conseguimos mudar fisicamente”. Em sua opinião «o reiki pode ser uma mais-valia para um profissional de saúde, pois em termos de relaxamento e acalmia potencia a memória, e a capacidade de concentração» entre outros benefícios.
“O reiki pode fazer toda a diferença a nível de unidades de saúde e é fundamental em unidades de ensino, permite abrir horizontes e mentes para estas realidades”, defendeu a oradora perante uma plateia de estudantes de medicina. A palestra contou também com António Lourinho, da Associação Portuguesa de Reiki, que assegura que “o reiki por si não cura, o seu efeito é o de aumentar a capacidade auto-curativa do paciente, mas nunca é prejudicial já que induz a um estado de harmonia e bem-estar ”.
Esta é uma técnica que ainda não é muito divulgada no nosso país e foram muitos os curiosos que quiseram estar presentes para tentar saber mais. Dina Cardoso, de 31 anos, que assistiu a esta conferência, afirma que “o reiki não está muito divulgado, pessoalmente não ouço falar muito e daí o interesse em vir e saber mais sobre o que se está a fazer nesta área”.
João Cardoso, aluno de Biotecnologia, está ligado ao reiki e considerada que esta conferência tem muito importância e que a técnica está a ser cada vez mais divulgada em Portugal. “A divulgação do reiki vai crescer muito, e na minha opinião a medicina só vai dar um grande salto quando se unir ao reiki”.
Em Portugal, vários esforços estão a ser feitos para esta técnica esteja presente nos cuidados paliativos. A associação portuguesa de Reiki implementa um código deontológico que visa a auto-regulamentação dos praticantes, garantindo um trabalho eficaz e sério em instituições de cuidados médicos.