Desde 2006 que a UBI figura no ranking nacional que mede a qualidade da produção científica na área de economia, produzido em conjunto pela Universidade do Porto e pela Universidade do Minho. Tiago Sequeira, Paulo Maçãs Nunes e Zélia Serrasqueiro, do Departamento de Gestão e Economia, são os investigadores que suportam a participação da UBI neste ranking e cujas publicações científicas contribuíram para a subida da academia beirã no cômputo geral.
Os novos resultados, agora tornados públicos, dizem respeito, no caso da UBI, ao período entre 2006 e 2010. Em comparação com o período 2006-2009 a UBI sobe de oitavo para sétimo lugar no ranking geral entre 20 instituições de ensino superior nacionais. No que diz respeito às temáticas das publicações, os três investigadores continuam a destacar-se em duas áreas específicas, no Desenvolvimento Económico, Mudança Tecnológica e Crescimento, onde ocupam o sexto lugar nacional, e na Economia Financeira, onde se encontram em sétimo. Estes três docentes também se destacam quando considerados individualmente, sendo Tiago Sequeira o melhor classificado, em 12º lugar, em 201 investigadores afiliados em instituições nacionais que publicam em Economia. De seguida, Paulo Nunes em 41º lugar e Zélia Serrasqueiro em 97º. Na sub-área de Desenvolvimento Económico, Mudança Tecnológica e Crescimento, Tiago Sequeira foi mesmo o segundo investigador mais produtivo a nível nacional, num universo de 46 autores de trabalhos científicos e o primeiro se considerarmos o período de 2007 a 2010, entre 45 autores. Na sub-área de Economia Financeira, Paulo Nunes e Zélia Serrasqueiro ocupam ex-aequo o 25º lugar numa lista de 53 investigadores.
“É necessário manter este ritmo de publicações e de projectos de investigação financiados. Mais do que estar presente nos rankings da especialidade durante um ano ou dois nos lugares cimeiros, em comparação com pessoas que já publicam há vários anos, é necessário ter um trabalho continuado e uma organização apurada”, começa por referir Tiago Sequeira. Para o autor de vários trabalhos na área da Economia, este tipo de ranking “ajuda a afirmar a UBI e o trabalho desenvolvido pelos seus investigadores, no panorama nacional e internacional, e contribuirá para afirmar a Economia como área de elevada qualidade dentro da Universidade”.
O grupo de investigadores, que tem vindo a conseguir resultados crescentes neste tipo de classificação espera conseguir outras realizações, sobretudo para a UBI e nomeadamente na área da Economia e Gestão. Sequeira refere que “existe ainda um conjunto de artigos importantes no Departamento, nomeadamente dos colegas que me acompanham nesta classificação, que por serem da área de Gestão, não são contemplados neste ranking de Economia”. Lembra também que “quando se investiga em Economia os estudos estão centrados numa determinada área, mas globalmente esta é uma ciência cada vez mais exposta. As notícias andam em torno da Economia, das taxas de juro, da crise da dívida e de tudo o que está relacionado com a crise que afecta os países ocidentais desde 2008 e aparecem cada vez mais economistas a falar sobre o assunto”. E remata “Portugal tem certamente não só um problema de finanças publicas mas também um problema de crescimento e ambos estão ligados”. Com esta área científica a ficar cada vez mais exposta, as instituições acabam também por ganhar visibilidade com o trabalho científico desenvolvido pelos seus profissionais.