Foi um jogo equilibrado, mas atípico, aquele que opôs o Sporting da Covilhã ao Gil Vicente e terminou com a 2-1. Ambas as equipas precisavam dos 3 pontos para se manterem na corrida pelos seus objectivos - a equipa de Barcelos procurava pontuar para tentar garantir a subida e os leões da serra precisavam urgentemente de uma vitória para se poderem atrever a sonhar com a manutenção.
Na primeira parte a equipa da casa entrou nervosa e isso reflectiu-se na sua forma de jogar. Apesar de ter mais posse de bola que o seu antagonista, o Covilhã baseava o seu jogo em bolas bombeadas para área adversária, e o futebol aéreo e a pouca coesão entre sectores pouco ou nada perturbaram o Gil Vicente, que apesar de ter menos bola foi a equipa que mais oportunidades criou.
Logo aos cinco minutos o atleta da equipa de Barcelos, Hugo Vieira, depois de se isolar, rematou tendo apenas o guarda-redes pela frente, mas viu os seus esforços saírem frustrados ante a defesa de Serginho. O mesmo Hugo Vieira voltaria a estar em destaque quando aos 31 minutos, depois de uma boa jogada colectiva do Gil, desperdiçou uma oportunidade clara de golo.
Mas aos 42 minutos nada conseguiu impedir o forte remate de fora da aérea de Zé Luís, que embatendo num jogador serrano traiu assim o guarda-redes dos leões. O Gil Vicente colocava-se em vantagem frente a um Covilhã intranquilo, que tinha nas alas, nas raras vezes em que a equipa trocava o esférico pelo chão, as suas jogadas mais perigosas.
Na segunda parte as prestações de ambas as equipas mudaram drasticamente. O Covilhã entrou seguro, tentando trocar a bola entre os seus jogadores frente a um Gil Vicente apático e que se limitou a ver jogar.
Tulipa, percebendo que pelas alas a sua equipa poderia fazer estragos à defesa do Gil Vicente, fixou dois avançados entre os centrais de Barcelos na esperança de através de cruzamentos pelos flancos conseguir alterar o marcador. Assim foi. Aos 60 minutos, depois de uma jogada individual do incansável Ivo Pinto, que deixou o defesa do Gil no chão, Rincon remata para dentro da baliza sem deixar cair o esférico, dando assim o melhor fim possível ao cruzamento de Pinto.
O Covilhã, não contente com o empate frente a uma equipa com objectivos muito diferentes dos seus, continuou a forçar até que aos 73 minutos, depois de uma boa jogada dos serranos, Jorge Baptista, guarda-redes do Gil, faz falta na área. Chamado a converter a grande penalidade, Abdoulaye, o melhor marcador da equipa, não perdoou: 2-1 para o Sporting da Covilhã. Estava assim consumada a reviravolta da equipa serrana. Nos minutos que restavam da partida o Covilhã limitou-se a trocar o esférico entre si, garantindo assim a primeira vitória na Liga desde do início de Fevereiro. Com esta vitória o Sporting da Covilhã soma 21 pontos e pode ainda conseguir garantir a manutenção na Liga Orangina.