O Partido Social Democrata (PSD) tem na autarquia serrana cinco vereadores. Membros que se juntam a Carlos Pinto que preside o executivo. Habitualmente, um dos vereadores da maioria acaba também por ser nomeado pelo chefe do executivo para ocupar o lugar de vice-presidente do grupo, mas na autarquia covilhanense, desde a passada semana que o lugar irá ser ocupado pelos cinco vereadores.
A medida foi tornada pública na última reunião de trabalho dos membros com representação naquele organismo. Desta forma, a edilidade terá um diferente vice-presidente em cada mês. Vítor Pereira, vereador socialista, diz que “nunca se viu nada igual”. Para o antigo deputado da Assembleia da República, “estamos perante uma forma inaudita de substituição do presidente”. O último candidato à câmara pelo PS lembra que “é uma competência do presidente da câmara designar quem o substitui, mas nunca se viu nada igual, designarem-se todos os vereadores para tal cargo. O normal é que seja uma função que esteja estabilizada e não assim”.
Já Pedro Farromba, que presidiu à sessão de trabalhos e “inaugurou” o calendário mensal de vice-presidente, prefere ver nesta decisão de Pinto “uma forma democrática e participativa de gerir”. Forma essa que parece não se registar “noutros ciclos, mais centrais, do poder político”, acrescenta. Depois de Farromba, vereador e vice-presidente em Abril, seguem-se no último cargo, João Esgalhado, Luís Barreiros, Paulo Rosa e Pedro Silva.