A peça, uma adaptação do texto escrito por Germano de Almeida, conta a história de um jovem cabo-verdiano que acabado de chegar a Lisboa presencia a Revolução dos Cravos em conjunto com o seu primo Natal, e os coloridos habitantes da pensão onde vive, Firmino e D.Pura. Em discurso directo com o público, o jovem situa a audiência no tempo e no espaço, e através de pequenas histórias representadas a meia-luz, apresenta aos poucos as diferentes personagens.
É saltando de história em história que a peça se vai encaminhando até aquela que é descrita como “a manhã das manhãs”, a do dia 25 de Abril de 1974, quando D.Pura desconfia que algo se passa porque, “está apenas uma emissora no ar e a tocar só música de tropa, marchas militares”.
Com uma cenografia simples mas eficaz, a peça que retrata de forma bem disposta os acontecimentos históricos da revolução, agradou ao divertido público que esteve presente na noite de estreia.
Esta é  mais uma parceria entre o Teatro das Beiras e o Trigo Limpo teatro ACERT, conta com encenação e dramaturgia de Pompeu José, e que tem em Fernando Landeira, Pedro da Silva, Rui Raposo Costa e Sónia Botelho os responsáveis por dar vida às quatro personagens que durante cerca de uma hora povoam o palco do auditório do Teatro das Beiras. “D.Pura e os Camaradas de Abril” continuará em exibição todos os dias, excepto domingo e segunda, até ao dia 18 de Março.