Os 78 painéis solares instalados desde a passada semana na residência Pedro Álvares Cabral representam o primeiro equipamento do género a ser montado nas instalações da UBI. A academia beirã está agora a trabalhar numa política ambiental onde se pretendem utilizar equipamentos que recorram às energias renováveis, mais espaços verdes nos campus universitários e uma mais eficaz gestão de recursos, como por exemplo, a água.
As águas sanitárias de uma das maiores residências do País vão passar a ser aquecidas, também pela energia solar. O conjunto de 78 painéis está agora instalado num dos telhados da residência localizada junto ao Pólo IV da UBI e consegue já responder a 65 por cento das necessidades dos alunos que ali habitam. A escolha desta residência como a primeira a ter um sistema desta natureza deveu-se aos maiores consumos de energia. Vítor Cavaleiro, vice-reitor responsável pelas instalações da universidade explica que “o novo equipamento vai permitir baixar a conta de gás em 30 por cento e dentro em breve vai cobrir mais de 65 por cento das nossas necessidades”. Os primeiros planos para a implementação de equipamentos deste género datam já de há alguns anos, mas nunca tinham sido colocados em prática. A equipa reitoral que dirige a instituição há pouco mais de um ano conferiu-lhes uma prioridade diferente e os primeiros resultados estão agora à vista.
Passados dois meses sobre a sua tomada de posse como administrador da academia, João Leitão candidatou a UBI a fundos do programa “Mais Centro”. Um projecto designado por “UBI Eficiente” que tinha como objectivo encontra financiamentos específicos para custear um conjunto de iniciativas que visam tornar a academia mais amiga do ambiente. A resposta positiva foi agora dada e vão ser gastos cerca de 730 mil euros em equipamentos deste género, a serem distribuídos pelas residências universitárias e pelos pavilhões desportivos. Para além de equipamentos que permitem um maior peso das energias renováveis da academia, há também projectos para a criação de zonas verdes junto dos vários pólos académicos, nomeadamente no Pólo IV e na Faculdade de Ciências de Saúde.
Com a instalação deste tipo de equipamentos, a academia beirã pretende melhorar a sua política ambiental e ao mesmo tempo reduzir os gastos na factura da energia. Para o vice-reitor responsável pelas instalações “este é um investimento inicialmente caro, mas certamente dentro de quatro a cinco anos deveremos ter o retorno”. Os painéis, uma obra pensada para 20 anos, “vão permitir também reduzir a nossa cota de CO2 lançado para a atmosfera”, sublinha Vítor Cavaleiro. A juntar a tudo isto uma aposta em acções de sensibilização dos alunos para a redução nos consumos de água e energias. Os responsáveis esperam assim conseguir ter uma universidade mais “verde”.
Tornar a UBI mais eficiente, em termos energéticos, significa a aposta em várias áreas. Os responsáveis estão confiantes que os novos equipamentos, para além de ajudar o ambiente levem também a uma redução nos custos de energia. João Leitão, administrador da academia e dos Serviços de Acção Social adianta que “há agora uma preocupação crescente com a elaboração do relatório de sustentabilidade onde está incluída toda a política de eficiência energética e de investimento socialmente responsáveis”. Apostas que, de forma crescente, “começam a estar institucionalizadas na visão da UBI para os próximos tempos, daí que este primeiro projecto funcione como exemplo para o que se quer fazer a seguir”. Acções conseguidas devido à sinergia, em termos operacionais, com a UBI a trabalhar em forma de grupo.