O Centro de Formação Avançado em Medicina e Ciências da Saúde, que está agora a funcionar na Faculdade de Ciências da Saúde, surge no sentido de “preencher mais um espaço, do ponto de vista da área formativa, no que diz respeito à formação ao longo da vida”. Miguel Castelo Branco, presidente desta faculdade aponta assim para “uma melhoria das competências e das capacidades das pessoas que estando na medicina têm agora mais uma área onde vão poder melhorar os seus conhecimentos, relativamente às áreas profissionais que têm”.
Este médico do Centro Hospitalar da Cova da Beira e docente na UBI espera que o centro de formação avançada seja um lugar pensado para a toda a comunidade médica. Várias acções de formação e sessões de reciclagem de conhecimentos estão já calendarizadas. Mas existe também a possibilidade de “promover um conjunto de iniciativas pensadas pela própria comunidade médica”. No contexto actual, “em que o desenvolvimento científico é feito com uma maior rapidez”, aparece agora esta estrutura que vem dar resposta a uma necessidade de novos conhecimentos e a uma política de aprendizagem ao longo da vida.
Outro dos benefícios apontados ao centro de formação é a sua capacidade de simulação prática da formação, em contexto de vida real, permitindo que profissionais de cuidados de saúde obtenham conhecimentos próximos da realidade. O projecto visa identificar, desenvolver e promover padrões de formação para uma aprendizagem de qualidade nas áreas da saúde, criando novas oportunidades de aperfeiçoamento nas mais recentes técnicas e práticas utilizadas, acrescenta o responsável. Introduzir novos conhecimentos ou actualizar o capital profissional já adquirido são outros eixos estruturantes deste novo centro, de abrangência nacional. Num futuro próximo podem também surgir ligações a algumas áreas de investigação.
“Prática Simulada como processo no ensino-aprendizagem das Ciências da Saúde”, é o título da conferência de abertura do centro, que tem lugar a 3 de Março, na Faculdade de Ciências da Saúde. Um momento onde, para além de se debaterem as necessidades de formação, será realizada uma visita ao Centro de Formação Avançado. Miguel Castelo Branco lembra que “é muito importante estreitar as relações com os parceiros formativos, nomeadamente os hospitais e os centros de saúde, e melhorar o processo de relacionamento com outras escolas que formam técnicos nestas áreas”. Para o clínico e responsável pela FCS, “cada vez mais, o futuro passa por competências de comunicação e relacionamento, também na medicina; isso implica que exista um relacionamento conjunto entre as diferentes entidades. Esta primeira actividade vai permitir conhecer mais uma nova forma de trabalhar”, garante. A iniciativa decorre na FCS, a partir das 17 horas.