Uma problemática que se vem arrastando há tempo demais. Os reformados da indústria dos lanifícios, que durante o seu tempo de trabalho descontaram 1,5 por cento do salário para a Segurança Social, de forma a terem medicamentos comparticipados, acabam agora por ver o Ministério da Saúde “negar” este direito.
Na passada sexta-feira, a sede da União de Sindicatos da Beira Baixa foi palco para um encontro de trabalho entre responsáveis sindicais e reformados com o objectivo de marcar novas formas de resolução do problema. Os responsáveis pelo ministério que tutela a Saúde não avançam com o despacho que garante a comparticipação de medicamentos aquando da compra destes. Uma promessa e um direito dos reformados começam por explicar os membros daquela força sindical.
Depois das promessas que tardam em traduzir-se em medidas definitivas, os reformados acabaram por agendar um protesto, no próximo dia 4 de Março, frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Uma decisão consensual entre os presentes no plenário que esperam agora levar as suas reivindicações mais parte do poder central. Luís Garra, presidente da União de Sindicatos, aponta a importância e justiça na publicação do despacho que prevê o reembolso imediato das farmácias, mediante a compra de medicamentos por parte dos reformados dos lanifícios.
Actualmente os trabalhadores aposentados desta indústria acabam por receber alguma compreensão das farmácias que vendem os medicamentos mas estão meses a aguardar pelo reembolso dos mesmos. Luís Garra espera uma forte presença no próximo dia 4 de Março na acção de contestação agora prevista.