Luís de Matos, aluno finalista de Engenharia Informática foi o grande vencedor do segundo concurso de ideias WinUBI. O Wi-Go apresenta-se como uma solução para as pessoas com deficiências motoras ou que por diversas razões tenham dificuldades de deslocação.
Este aluno da academia beirã pretende comercializar uma solução que permite orientar um carrinho de compras. “Imagine-se uma pessoa que ande em cadeira de rodas, não poderá ir ao supermercado fazer as suas compras porque é extremamente difícil, senão impossível empurrar um carrinho de compras”, começa por explicar o mentor da ideia. Com o Wi-Go, Luís de Matos desenvolveu um conjunto de sensores e orientações para que uma pessoa possa “comandar um carro de compras de forma simples e eficaz e assim ter uma solução para as suas necessidades”.
O destaque do aluno vai também para a múltipla aplicação desta ideia. Não se restringindo apenas a carrinhos de compras quer para pessoas com deficiências motoras, para pessoas idosas ou outras, Mas também se pode utilizar “num vasto leque de situações”. Pelo que Luís de Matos investigou “não existe nenhum sistema deste género a ser comercializado”, daí que os três mil euros agora ganhos com o primeiro lugar neste concurso vão ser empregues no desenvolvimento do protótipo que depois irá servir para uma possível comercialização do produto. Neste momento existem já duas empresas, o Intermarché da Covilhã e a Ortolife que estão a apoiar o desenvolvimento deste projecto.
Madalena Sena voltou a ser a vencedora do prémio Empreendedorismo Feminino, que acumulou com o segundo lugar geral do WinUBI. A vencedora também do ano passado na categoria destinada apenas a mulheres empreendedoras apresentou uma etiqueta em braille para que os invisuais possam ter conhecimento da cor da roupa, através deste tipo de informação. Uma ideia que segundo Madalena Sena, “surgiu durante o mestrado em Design de Moda”. Para esta aluna do segundo ano de doutoramento em comunicação, na área de design, “em vez de fazer projectos fúteis pensei criar uma ideia que fizesse bem à sociedade. Gosto muito de cor e senti necessidade de criar esta etiqueta”. Para a vencedora do Empreendedorismo Feminino “o facto de ser reconhecida a ideia e de ser premiada por ela é bastante bom”. Madalena Sena espera agora encontrar uma empresa parceira para comercializar a etiqueta destinada a pessoas invisuais.