As salas de Fábrica Mendes Veiga, agora transformadas em espaço museológico, acolhem a mostra de trabalhos dos alunos finalistas de Arquitectura. Existe um pouco de tudo, desde recuperação de imóveis que acabam transformados em casas de conto, até a residências universitárias, passando por construções tão diferentes como aeroportos ou casas unifamiliares.
Esta iniciativa, apresentada na semana em que a UBI formulou um protocolo de cooperação com a Universidade Tecnológica de Bialystok, na Polónia, serve para mostrar “as capacidades dos estudantes e as potencialidades dos seus trabalhos”. Luis Pinto, director do curso, acrescenta que estas criações realizadas no âmbito das disciplinas de projecto “têm uma vicissitude diferente, isto porque, este ano, pela primeira vez, eles trabalharam com clientes reais, sendo assim, estes trabalhos têm grandes perspectivas de virem a ser implementados”. Por apresentarem estas condições, os seus autores tiveram de interagir com os clientes verdadeiros. “Não sei muito bem se todos vão acabar por ser construídos, mas há projectos que estão já a entrar nas câmaras municipais, o que é muito bom”, aponta também.
Para além dos trabalhos desenvolvidos pelos finalistas desta licenciatura existem também projectos da autoria de alguns alunos do terceiro ano. A apresentação pública destes trabalhos serve também para dará a conhecer à comunidade aquilo que é ministrado na UBI, nesta área. O director do curso de Arquitectura aponta para a necessidade deste tipo de iniciativas. Isto porque, com este tipo de desafios lançados e professores e alunos “consegue-se implementar uma espécie de pré-profissionalismo em que os estudantes aprendam e acabem por sair daqui já a saber o que é que se passa lá fora”.
“Estamos a tentar criar uma imagem de marca do curso na UBI”, sublinha Luis Pinto. “Se falarmos de Lisboa temos uma noção, do Porto, uma outra e queremos que isso também se registe no caso da Beira Interior”, explica. A mostra agora patente no Museu de Lanifícios é uma das actividades pensadas para conseguir esse reconhecimento. Os trabalhos desenvolvidos pelos licenciados acabam por ser a forma ideal de demonstrar as capacidades formativas da UBI, mas também “um cunho pessoal do curso”. O director de Arquitectura espera também granjear a confiança da comunidade exterior à academia. “Esta é uma prova de que as pessoas estão a acreditar em nós, como isto nunca foi feito, vamos ver agora como as pessoas recebem estes trabalhos, mas que estão a acreditar em nós estão e cabe-nos agora provar que somos capazes”, remata.
Uma exposição de trabalhos concebidos em condições completamente diferentes do habitual. Luis Pinto explica que “trabalhar num espaço virtual, como habitualmente, nós não temos limitações, num espaço real temos todas as limitações, por um lado as da lei e por outro lado as limitações do cliente em si, porque temos de jogar com aquilo que o cliente quer o até onde pode gastar”. Muitos dos trabalhos que agora estão em exposição representam projectos reais.
Quanto aos protocolos de cooperação com outras instituições, nomeadamente a Universidade Tecnológica de Bialystok, na Polónia, o director do curso reforça a abertura a novas ideias e perspectivas. Para além de estruturas académicas polacas, a licenciatura em Arquitectura, da UBI, tem vindo a desenvolver trabalhos com a Universidade de Valladolid e com Málaga. “Temos também o apoio do Centro de Investigação em Arquitectura, de Lisboa”, explica Luis Pinto.