Estão contra aquilo que classificam como uma situação cada vez mais precária dos professores, começam por referir as duas representantes do SPRC. Vários dirigentes sindicais e docentes do ensino básico e secundário mostraram o seu descontentamento à ministra da tutela, na sua passagem pela Covilhã.
Isabel Alçada acabou por receber uma representação do protesto sindical composta por duas dirigentes do SPRC. Um acto que serviu para entregar à ministra diversas missivas sobre um conjunto de assuntos “que afectam a vida e a carreira de milhares de professores”. Para o SPRC, “a precariedade como opção e não acidente de percurso nas carreiras dos docentes é, sem dúvida, um sintoma de que algo vai muito mal no país da liberdade”. As políticas do sector, para com os professores levam a que “quando se precisava de mais justiça social promove-se o desemprego e fecha-se os olhos à pobreza. Quando mais se precisava de desenvolvimento, fecham-se as portas ao investimento e ao empreendedorismo”.
A ministra ouviu em silêncio as apresentações das delegadas sindicais acabando por não responder a nenhum dos pontos. Isabel Alçada recebeu as missivas acrescentando que se iria inteirar do conteúdo das mesmas. Para o SPRC o que está em causa é a continuidade “de um conjunto de medidas que, seja do âmbito da organização dos horários de trabalho, seja do âmbito do funcionamento das escolas e do seu emparcelamento, seja ainda por razões de alterações curriculares desajustadas e feitas “em cima do joelho” levarão à destruição de mais de 30 mil horários docentes com graves consequências no emprego e na qualidade de ensino”. A provar isso mesmo está o facto de nos últimos seis anos, até Dezembro de 2010, se aposentaram quase vinte mil professores “e não entraram em quadro nem 400”, apontam.
Um outro protesto foi também realizado por cerca de duas dezenas de pessoas. Docentes, pais e alunos do Externato Capitão Santiago de Carvalho, deslocaram-se desde Alpedrinha até à Covilhã para mostrar opinião contrária à do ministério, relativamente ao acordo com estas escolas do ensino particular e cooperativo.