Isabel Alçada protagonizou realmente “uma aventura na Quinta das Palmeiras”. A ministra da Educação e autora de um significativo número de livros juvenis veio até à Covilhã inaugurar o primeiro espaço concebido para a introdução das novas tecnologias no ensino.
A tutelar da pasta, que chegou à Quinta das Palmeiras tempo antes do horário previsto, acabou por encontrar na visita às instalações motivo de abertura da sua intervenção e justificação para o desenvolvimento deste tipo de centros. O CTE assume-se como um espaço onde estão reunidas diversas ferramentas tecnológicas capazes de promover uma nova forma de aprendizagem e apoiar os alunos nos seus trabalhos. Desde salas de informática, até um pequeno estudo de televisão, passando por anfiteatros e salas de aprendizagem com apoio informático, existe um pouco de tudo nesta nova estrutura orçada em cerca de um milhão de euros.
Com tamanha concentração de novas ferramentas, com tão diverso leque de utilizações, a ministra que é também escritora haveria de recorrer ao livro de Umberto Eco “O nome da rosa”, que encontrou numa das salas do CTE para explicar a importância da nova valência na formação dos alunos. Alçada explica então há cerca de duas centenas de convidados que o livro de Eco “acaba por ser uma história que rompe com as barreiras que se colocam à inovação. Também esta estrutura serve para criar novas vias de ensino, novas atitudes nas vivências dos alunos e das escolas”.
O novo centro que tem a Universidade da Beira Interior (UBI), a autarquia covilhanense, e diversas entidades e empresas no seu conjunto de apoiantes irá também servir de ponte de ligação entre a escola e o meio envolvente. João Paulo Mineiro, director da Quinta das Palmeiras, acredita que as realidades potenciadas pelas novas tecnologias “devem estar presentes na escola, lugar ideal da formação dos alunos”. Este CTE, planificado desde a assinatura do Contrato de Autonomia, “deve promover a formação dos alunos, de forma actualizada, através de experiências dinâmicas. Desta forma, teremos uma escola activa, eficaz e eficiente”, atesta.
João Queiroz, reitor da UBI, garantiu todo o apoio da academia a esta nova estrutura. Várias acções relacionadas com diferentes áreas científicas vão ali ter ligar, promovidas quer pela UBI, quer pela Quinta das Palmeiras. O responsável máximo pela academia beirão lembra que a postura da universidade tem passado “por recuperar património, mas ao mesmo tempo implementar novas dinâmicas regionais. Tudo em torno de uma aposta nos recursos humanos qualificados e na multiplicação das sinergias com as instituições que nos querem como parceiros”.
O autarca covilhanense foi outro dos oradores nesta cerimónia inaugural do CTE. Para Carlos Pinto tratou-se de “um dia assinalável para o ensino da cidade que tem sempre tido ligação às necessidades e ambições das gentes da Covilhã”. O edil, embalado pela repetição de conceitos como o empreendedorismo e desenvolvimento tecnológico, garantiu que na cidade se respira “um ar inovador e criativo”. De tal forma que o social-democrata desenhou mesmo um mapa municipal para as novas tecnologias “apoiado em três estruturas fundamentais que servem a estratégia empreendedora”. Trata-se da UBI, a que se segue o Parkurbis e agora o centro tecnológico.