Entre Outubro e Novembro de 2010, o desemprego nos concelhos da Covilhã, Fundão, Castelo Branco e Guarda decresceu de 10232 pessoas sem emprego para 9863 sem trabalho. Contudo, esta diminuição não se vai manter.
Segundo o observatório, o início do ano 2011 representa um acréscimo no número de desempregados. Um valor que pode chegar aos oito pontos percentuais no concelho de Castelo Branco. Estas previsões, feitas para os próximos seis meses, resultam do mais recente trabalho daquela estrutura dirigida por Pires Manso, professor catedrático da UBI. No entender deste académico “o desemprego para os próximos seis meses (até Junho) deste ano crítico de 2011, nomeadamente ao nível dos principais concelhos urbanos da Beira Interior: Covilhã, Castelo Branco, Fundão e Guarda, vai aumentar”. Um aumento que não se ficará apenas por esta zona do País. No contexto nacional, as subidas nas taxas de desemprego parecem afectar todo o território. Depois de analisados alguns indicadores e diversos dados estatísticos, o estudo do ODES aponta para taxas médias mensais de crescimento do desemprego quer na Beira Interior quer no continente, superiores às verificadas nos 34 meses anteriores.
Em termos regionais, a análise agora tornada pública, revela que, até Junho de 2011, “os acréscimos de desemprego em termos acumulados serão de 8,09 por cento para Castelo Branco, 3.85 por cento, para a Covilhã, 5,77 por cento para o Fundão e 4.06 pontos percentuais, para a Guarda.
De referir também, neste estudo que compara dados estatísticos, que em Outubro e Novembro de 2010, “verificou-se uma ligeira quebra no desemprego entre os dois meses explicável por questões de sazonalidade, as mesmas questões que vão fazer com que volte a crescer substancialmente já em Janeiro de 2011”. Para além dos valores absolutos do desemprego “tem interesse indagar quais são os concelhos cujo desemprego cresce mais ou cresce menos ou ainda qual se reduz mais no longo prazo, isto é, quais são as tendência de longo prazo”, acrescenta Pires Manso.