Desde a sua inauguração, no dia 26 de Abril de 2009, o "Museu à Descoberta do Novo Mundo", tem sido muito visitado. No ano de 2010 recebeu perto 18 500 visitantes. Um acréscimo de cerca de 40 por cento no fluxo turístico, relativamente ao ano anterior.
Belmonte foi a terra natal deste grande navegador e mesmo a localização do museu está ligado à história da Família Cabral, uma vez que se situa no jardim do Solar dos Cabrais, segunda residência da família. Esta estrutura enriqueceu a oferta museológica existente em Belmonte. Apesar deste estar localizado no Interior do País, a visibilidade parece não ter sido afectada. O museu desde a sua abertura tem sido uma referência na imprensa, tendo já sido distinguido com dois prémios, o do Turismo de Portugal e, mais recentemente, o primeiro prémio, na categoria de Melhor Projecto de Inovação e Criatividade.
A construção do Museu dos Descobrimentos em Belmonte, "tem sido uma mais valia para a vila", adiantam os responsáveis, "tendo enriquecido a oferta museológica existente, servindo de alavanca à área de turismo na região". Houve um aumento no fluxo turístico, sendo este um aspecto positivo para o comércio local, sobretudo para a restauração. As pessoas que visitam o Museu dos Descobrimentos, na generalidade "ficam satisfeitas", explicam os membros daquela estrutura. A própria interactividade existente faz com que o visitante entre numa viagem de sensações pela história. É uma lição de história e cultura, da qual as pessoas saem mais documentadas. Os visitantes de nacionalidade brasileira marcam presença em grande número. Trata-se de um espaço que mostra a história daquele povo e os homenageia. "As pessoas devem visitar o Museu dos Descobrimentos, porque é um museu interactivo, que lhes proporciona uma viagem até ao Brasil através da história da epopeia dos descobrimentos", acrescenta Susana Miranda, responsável pelo departamento de Cultura de Belmonte.
O visitante pode percorrer 16 salas interactivas, que focam a temática dos Descobrimentos, as quais pretendem recriar a viagem de Pedro Álvares Cabral, ao Brasil. De Belmonte parte para Lisboa, no século XV, onde começa a sua viagem. Conhece os temores e perigos do mar, mas chega ao Brasil e contacta com os indígenas. Explora a floresta da Amazónia. A Portugalidade do Museu está presente na Sala da Palavra, onde se homenageia a língua portuguesa e se evidência a importância da mesma, no Brasil, uma vez que é a língua oficial, a qual unificou os mais de 1500 idiomas indígenas existentes. Quase a terminar a visita, as pessoas passam ainda pela Sala da Música, onde contactam mais de perto com os sons brasileiros, passam pelo mercado e assistem à venda de produtos brasileiros. O trajecto termina na Sala da Identidade, onde se caracteriza o povo brasileiro.