Com as próximas eleições autárquicas a terem lugar dentro de três anos, o Partido Socialista da Covilhã parece ter já escolhido o candidato. A actual comissão política, que será alterada dentro de um ano, avançou com o convite a Carlos Casteleiro.
O deputado da Assembleia Municipal da Covilhã e membro da comissão política do PS, na cidade serrana ainda não respondeu ao convite formalizado na passada semana. Segundo o que o Urbi apurou junto de membros daquela comissão, a escolha de Carlos Casteleiro não reuniu a unanimidade dentro da própria comissão. Em comunicado enviado às redacções pelos membros do PS Covilhã esse facto é também abordado. No documento é dito que “este convite corresponde a uma forte convicção da maioria dos dirigentes daquela estrutura partidária que assim reafirma a sua posição de liderança sobre a condução da política municipal”.
Uma medida que despertou também fortes críticas no exterior. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia da Conceição e um dos mais antigos membros do PS da Covilhã garantiu já que “com esta atitude, o partido perdeu credibilidade e votos”. Martins critica duramente Miguel Nascimento, actual presidente da concelhia, cujo mandato termina dentro de um ano, pelo facto deste “estar a conduzir um processo que não é de forma alguma transparente”. Aos microfones da Rádio Cova da Beira, Martins garante que esta atitude apenas demonstra “uma forma de tomada de poder que nunca se viu no seio do partido”. Para Martins, é tempo de “unir os socialistas e trabalhar em prol da Covilhã”.
Também no Partido Social Democrata (PSD) a decisão da concelhia socialista parece ter despertado alguns comentários. Carlos Pinto, presidente da edilidade serrana comentou à mesma rádio que esta não é uma atitude que o espante, até porque “já nada me surpreende, desde o que se passa no circo ao que se passa na política”. Ainda assim, o social democrata opina que “os partidos devem começar a resolver os problemas das populações e só depois pensar em candidatos”. Para Pinto, “tudo isto resulta da luta de poder e de grupos do PS”.
Por enquanto, a comissão política aguarda pela resposta de Casteleiro. Segundo os socialistas covilhanenses, o deputado municipal “encontra-se a ponderar a sua decisão que passará pela análise de um conjunto de factores pessoais, profissionais e políticos”. Sem adiantar uma data possível para uma decisão final, o comunicado acrescenta apenas que “este convite é uma diligência importante para o processo autárquico”, que terá lugar em 2013.