A Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade da Beira Interior (UBI), acolheu, nos dias 9, 10 e 11, mais um Congresso de Medicina, organizado pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da UBI (MedUBI). A edição deste ano foi inteiramente dedicada aos cuidados intensivos. Para além deste evento, decorreu também um outro seminário na área da Saúde.
O congresso destinou-se não só a alunos e profissionais de Medicina, como também a outras áreas da saúde: desde a enfermagem às ciências farmacêuticas. Segundo Juliana Sá, presidente do MedUBI, o congresso sobre Medicina Intensiva teve como principal objectivo “trazer pessoas de fora e permitir aos estudantes ter oportunidade de fazer workshops e ter palestras com especialistas do Porto, Lisboa e Coimbra, que têm mais experiência nesta área”. “Dar a conhecer a Universidade e a Faculdade a todo o País”, é outro dos objectivos que a presidente do MedUBI aponta, uma vez que “este tipo de actividades é promovido junto dos médicos de todo o país”.
Nos dois primeiros dias de congresso foram abordados temas como o trauma, as emergências materno-fetais, a ventilação mecânica, o choque e o doente crítico. Já no terceiro e último dia, os alunos e restantes participantes tiveram oportunidade de participar em vários workshops, que decorreram em simultâneo, com uma componente mais prática sobre os mesmos assuntos.
Num dos workshops, dirigido por Filipe Palavra, médico interno de Neurologia no Centro Hospitalar de Coimbra e assistente convidado da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, o doente neurológico foi o principal alvo de estudo e debate. Para Filipe Palavra, “é suposto cada uma das comunicações ser interactiva, para dar aos alunos a possibilidade de fazer perguntas relacionadas com a sua própria experiência neste aspecto”. O médico afirma ainda que estes workshops ajudam “a desmistificar alguns conceitos que às vezes são demasiadamente áridos e que vêm nos livros representados de uma forma esquisita”.
Juliana Sá revela que o número de participantes não foi o esperado, dado que o congresso apenas contou com metade das inscrições das vagas disponíveis. Ainda assim, reconhece que “o calendário dos estudantes não era o melhor”, uma vez que estes se encontram em época de exames.