A rede social da Câmara Municipal da Covilhã organizou na passada segunda-feira, 6 de Dezembro, uma sessão de sensibilização sobre violência doméstica. A acção realizada em parceria com a associação Coolabora e as forças de Segurança Pública da região, teve início por volta das 22 horas e decorreu na sede das juntas de freguesia da Covilhã.
António Rebordão, apresentador da sessão e membro do núcleo executivo da rede social explica que esta iniciativa surgiu no âmbito da “análise e discussão do tema serem cada vez mais actuais”. O apresentador, também presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria refere que é “uma questão de cidadania e de civismo estarmos atentos à violência que se passa em nosso redor”.
Após a apresentação dos membros da mesa, a sessão prosseguiu com o gabinete de apoio a vítimas de violência doméstica da Coolabora. A representar este gabinete de intervenção social, com data de fundação relativa a Maio de 2010, estiveram duas técnicas de apoio à vítima que demonstraram aos presentes o trabalho que têm desenvolvido na cidade da Covilhã. A contextualização da igualdade de género foi discutido pelas profissionais da Coolabora. “Pretendemos uma igualdade de oportunidades entre homem e mulher, uma possibilidade de acesso comum a ambos os géneros”, afirmou Angela Santos, psicóloga e técnica da Coolabora. Os possíveis tipos de violência foram abordados na palestra, mas a psicóloga realçou o aumento do número de violência doméstica sob a forma de violência financeira e económica. “Com a problemática da crise, este tipo de violência tem-se tornado mais visível entre pais, filhos e idosos”, acrescenta.
“Os números não escondem aquilo que se passa relativamente à violência doméstica”, expôs o tenente Sousa do Destacamento da GNR de Castelo Branco. Este agente policial evidenciou o índice altíssimo do concelho da Covilhã através dos dados estatísticos baseados nas queixas e denúncias que a autoridade recebeu nos últimos meses. “A Covilhã é a localidade com o maior taxa de violência doméstica do distrito”, salientou. O representante da GNR de Castelo Branco manifestou ainda as dificuldades que surgem no acompanhamento destes casos: “ É um problema familiar e muitas vezes temos que recorrer a vizinhos ou amigos da vítima para obter ajuda”, declara.
“O nosso caminho é desenvolver acções que sensibilizam a população covilhanense acerca das problemáticas da nossa sociedade”, acrescentou António Rebordão. Para o membro do núcleo executivo da rede social, “a violência doméstica está cada vez mais presente nos idosos e tem de ser rapidamente ultrapassada”.