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Mapa da sinistralidade rodoviária traçado na UBI
Eduardo Alves · quarta, 1 de dezembro de 2010 · @@y8Xxv Uma dissertação de mestrado na área dos Sistemas de Informação Geográfica traçou o mapa da sinistralidade rodoviária em meio interurbano. Através das novas tecnologias de referenciação de posições pode agora ter-se um conhecimento mais profundo dos pontos negros das estradas. |
Um novo mapa da sinistralidade rodoviária foi traçado na UBI |
21984 visitas “Aplicação de SIG para Localização e Auxílio ao Diagnóstico da Sinistralidade Rodoviária em Meio Interurbano” é o título da dissertação realizada por Pedro Fernando da Costa Figueiredo e orientada por Bertha Maria Batista dos Santos. Um trabalho que consiste na aplicação de novas tecnologias para assinalar locais perigosos na rede viária da região. As estradas do distrito da Guarda serviram de base para este estudo, cujas conclusões vão ser enviadas a diversas entidades públicas. “A partir da rede viária interurbana do distrito da Guarda e da identificação da estrada e do ponto quilométrico da ocorrência dos acidentes foram realizadas várias análises a partir da informação obtida na georreferenciação, identificando os locais de ocorrência de acidentes, nomeadamente pontos negros e zonas de acumulação de acidentes, zonas de sinistralidade frequente e zonas cinzentas”, começa por explicar o autor do trabalho. Com toda esta informação torna-se possível identificar e localizar os acidentes rodoviários ocorridos nas estradas interurbanas, mais especificamente em estradas nacionais e auto-estradas, de forma a criar documentação cartográfica que caracterize a sinistralidade rodoviária, facilite a sua percepção e apoie a tomada de decisão. No entender de Pedro Figueiredo, os mapas de sinistralidade actuais não apresentam uma localização correcta, nem as causas dos acidentes ou outro conjunto de factores que podem levar à ocorrência de sinistros. Esta nova ferramenta de localização pretende ser um “auxílio ao diagnóstico da sinistralidade rodoviária”. Para além de caracterizar a rede viária, esta dissertação elabora agora conteúdos cartográficos com vista à identificação e visualização de pontos negros, zonas de acumulação de acidentes, zonas de sinistralidade frequente e zonas cinzentas. “Os resultados das análises realizadas são posteriormente usados para a produção de conteúdos cartográficos com o intuito de permitir a fácil identificação e interpretação dos locais de ocorrência de acidentes”, sublinha o autor do trabalho. No que diz respeito ao distrito da Guarda, o trabalho agora tornado público permitiu constatar que “em termos gerais a rede não apresenta graves problemas de sinistralidade, quando comparada com os dados de sinistralidade das redes dos restantes distritos de Portugal”. Relativamente a zonas de acumulação de acidentes, “foram identificados 25 troços, com cinco ou mais acidentes, dos quais se destacam quatro com registo de dez ou mais acidentes na A23, EN102, EN226, EN233. Pedro Figueiredo sublinha também que “apesar dos resultados apresentados não constituírem, por si só, indicadores preocupantes, observaram-se alguns troços que, pelo número de acidentes ocorridos, pela sua frequência ou gravidade, justificam desde logo uma análise da causalidade dos sinistros e das possíveis formas de prevenção e minimização do risco de acidentes rodoviários”. Um trabalho que pode agora ser mais facilitado com esta nova ferramenta. Para além de uma localização mais precisa dos sinistros, outros dos pontos em destaque neste trabalho é também a análise das causas do sinistro. Factos como o clima, o estado do piso e outros, entram em linha de conta neste mapa. Os investigadores da UBI lembram que os diagnósticos e análises através da manipulação de dados georreferenciados permitem a produção de informações determinantes para o melhor entendimento dos problemas e para suporte ao processo de tomada de decisões. Um mapa que poderá crescer para outras regiões. |