Decorreu no dia 26, no anfiteatro 6.1, da Faculdade de Ciências da UBI, a segunda edição do Seminário sobre Planeamento de Investigação. O seminário, dirigido pelo docente Ricardo Morais, foi organizado pelo Instituto Coordenador de Investigação da UBI e a Ideia Puzzle. Um evento que teve como principais destinatários alunos, professores, investigadores e avaliadores em qualquer área de conhecimento.
Esta iniciativa serviu para abordar qualquer planeamento de investigação e pretendeu explicar aos mais de cem presentes, os passos que devem ser seguidos para realizar de modo eficiente um projecto de investigação.
O orador referiu que um projecto de investigação para ser completo e tem de estar dotado de “teoria, metodologia e dados, quer sejam quantitativos ou qualitativos sendo que a grande dificuldade surge em conjugar estes três ingredientes”. Para simplificar a tarefa do investigador, Ricardo Morais apresentou o software gratuito não descarregável Idea Puzzle que reduz a incerteza na fase do planeamento de um projecto.
O triângulo apresenta 21 questões e respectivas respostas enquanto decisões interactivas num projecto de investigação. As competências adquiridas através das questões podem ser aplicadas na geração, planeamento e avaliação de investigação assim como na aprendizagem e ensino do método científico.
O triângulo com as 21 questões pode ser consultado no site http://www.ideapuzzle.com/index.php?id=168. Ricardo Morais decifrou o triângulo: Todos os artigos têm palavras-chave dos três ingredientes, é um passo importante para que o investigador não divague no trabalho, aconselha o relacionamento entre duas palavras-chave. Escolha de duas correntes de pensamento para a existência de debate.
Na lacuna de investigação há por parte dos autores um apelo para que haja investigação no futuro, este item permite formular questões. Ricardo Morais refere “é necessário ser minimalista, formular só uma ou duas questões mas respondê-las eficazmente”. No estado de arte o investigador tem de saber o mais possível sobre o que se escreveu das palavras-chave de acordo com as correntes de pensamento escolhidas. Nos dados, sejam quantitativos ou qualitativos, é necessário haver exemplificações e comparações. A amostra de cada caso varia conforme o estudo, tal como a posição filosófica muda de autor para autor. A estratégia de investigação aconselha uma prévia investigação antes de partir para a acção. As técnicas de recolha e de análise dependem da estratégia definida. Relativamente aos critérios de qualidade recomenda-se a simplicidade. Quanto à persuasão está intrinsecamente ligada à relevância do tema, “perguntem-se qual é o interesse comercial, científico e público da tese. A mensagem tem de ter emoção”.
A lógica explicita a razão da mensagem e deduz hipóteses para desenvolver teoria, sublinha o autor deste trabalho. A credibilidade parte da origem da mensagem e a sabedoria referência o capital cultural (formação e experiência), tal como, a confiança e o capital social (contactos), acrescenta Morais. Por último o tempo traduz o capital económico, “pois tempo é dinheiro”.