Na passada quarta-feira, dia 24 de Novembro o sector público e o sector privado mostraram uma forte adesão à greve no concelho da Covilhã. A maioria das escolas do concelho viu as suas portas fechadas através de uma adesão conjunta de professores, administrativos e auxiliares à greve geral. As Secundárias Campos Melo e Frei Heitor Pinto são exemplos disso com uma paralisação de 100 por cento.
No Hospital Cova da Beira verificou-se uma mobilização de cerca de 76 por cento dos profissionais, tanto entre enfermeiros como ao nível de pessoal auxiliar. “Serviços da Administração Pública ilusoriamente pareciam funcionar normalmente, mas funcionaram com base em desempregados que estão abrangidos pelos antigos POC - Programas Ocupacionais”, justificou Luís Garra, dirigente sindical, o facto da greve quase não se fazer sentir para os utentes destes serviços.
O sector privado também contribuiu com números bastante satisfatórios para a União de Sindicatos de Castelo Branco. As empresas têxteis Paulo de Oliveira e Penteadora de Unhais da Serra tiveram uma adesão de 70 e 65 por cento, respectivamente. Luís Garra acrescenta ainda que esta greve “conta com uma característica nova, que é o facto de em todas as empresas terem havido trabalhadores que estiveram parados”.
Nos transportes, ao contrário do que a população esperava, a adesão foi quase nula, principalmente na empresa Covibus. A União de Sindicatos já esperava que isto acontecesse visto "a empresa ter apenas trabalhadores contratados a termo”, e isso representar uma forte condicionante para a mobilização. Apesar de concordarem com a greve muitos trabalhadores foram obrigados a entrar a serviço por terem contratos de trabalho precários.