Na passada quinta-feira, o auditório do Teatro das Beiras recebeu, pelas 21.30 horas a peça “ Molusco”, do projecto Ruínas , um texto de criação colectiva, encenação de Francisco Campos, interpretação Miguel Antunes e Francisco Campos, música de Ricardo Freitas, Figurinos Andreia Rocha, Espaço Cénico, Sara Graça, Desenho de Luz Nuno Patinho, Design Gráfico, Miguel Rocha. Um trabalho com duração de 55 minutos.
Um palco transformado numa sala de conferência, um puzzle-palestra, um músico, dois actores que assumem o papel de investigadores da diáspora científica portuguesa partem para os EUA no rasto de um personagem histórico, protagonista de um crime, evitando o fracasso a todo o custo, tentam chegar a uma conclusão, só precisam de uma oportunidade.A peça estreou dia 5 de Março em Montemor-o-Novo, de onde os actores são oriundo. Segundo Francisco Campos a peça intitula-se por Molusco porque “comecei por dar nome a uma ideia muito gelatinosa, surgiu a palavra molusco e construímos a peça a partir do nome, durante muito tempo não percebemos porquê, mas depois fomos descobrindo, fomos ligando as coisas, os textos e fomos percebendo que podíamos chamar-lhe molusco”.
Segundo Francisco Campos o objectivo ao princípio era fazer uma peça que não tivesse propriamente um tema, “surgiu a ideia da investigação enquanto estávamos a fazer um exercício de improvisações e deparamo-nos na Internet com a história do homem que matou o presidente Lincon e resolvemos investigar sobre isso, teve ainda como base as conferências do (TED) Tecnologia, Entretenimento e Design, onde as ideias têm de ser apresentadas em 18 minutos. Mais perto da estreia ligamos tudo de certa forma através do sonho, como se pode ver no final da peça".
Manuel Calheiros, espectador da peça, gostou sobretudo "do cenário da história em si, mas essencialmente do facto dos actores intervirem indirectamente com o público, e do riso que provocaram". O projecto Ruínas estará de 9 a 12 de Dezembro em Lisboa no Teatro da Trindade.