Foi ao som das tunas da academia e ao sabor das castanhas assadas e da jeropiga, que a Universidade da Beira Interior comemorou, no passado dia 10 de Novembro, o tradicional Magusto. Esta iniciativa foi celebrada pela primeira vez no bar da Biblioteca Central da UBI, e teve assinalável sucesso: onde se esperavam 50 pessoas, compareceram cinco vezes mais – 250 comensais.
O Capelão e o Reitor tinham como principal objectivo com este evento incentivar a uma actividade mais participativa por parte dos alunos e ao mesmo tempo celebrar o magusto: “Pretendia-se que a universidade convivesse no seu todo e por isso também me associei ao evento, para estar mais próximo dos alunos, e os alunos mais perto da comunidade”, conta João Queiroz.
O bar da Biblioteca Central da UBI foi pela primeira vez o local escolhido para esta iniciativa, já que segundo o Reitor “é um espaço aberto e é importante incentivar os alunos a entrar na biblioteca”. E nesta primeira experiencia, segundo o Reitor, o objectivo foi cumprido: “Sinceramente não esperava tantas pessoas, mas fico satisfeito com a participação dos alunos”, afirma João Queiroz.
Para o Capelão este evento foi uma maneira de unir os alunos e ao mesmo tempo aludir ao “sentimento de camaradagem, comunicação e comunhão entre as pessoas”, focou o Capelão, que também se mostrou surpreendido com o número de alunos que compareceram.
A Capelania, para além desta actividade, é responsável por várias acções sociais que envolvem os ubianos: “No princípio havia alguma retracção, mas neste momento existe uma maior abertura, talvez porque se envolvem em outras actividades, mas não se podem esquecer do aspecto interior”, destaca o Capelão.
Existe, no entanto, quem não conhecesse esta tradição até chagar à Covilhã. É o caso de Nay Cabral, de 27 anos, que estuda Engenharia Civil e é natural de Cabo Verde. “Eu já conhecia castanhas, mas na minha terra não se festeja o Magusto, por isso não sabia desta tradição”, revela o estudante. Destaca, ainda o sabor das castanhas assadas: “são mesmo boas e gosto ainda mais deste convívio entre todos” acrescenta Nay, que fez questão de ir com um grupo de amigos cabo-verdianos, provar um magusto português.
Já Alexandra Lanzinha é funcionaria da UBI há 18 anos e recorda que esta tradição costuma ser celebrada pela universidade, apesar de este ano ser num sítio diferente. Alexandra acredita que este tipo de iniciativas “são excelentes para criar uma ligação entre os funcionários com os alunos, e inclusive com o Reitor”.
Para animar o magusto estiveram presentes três tunas da UBI: Desertuna - Tuna Académica da UBI, As Moçoilas – Tuna Feminina da Associação da UBI, e Orquestra Académica Já b´UBI & Tokuskopus – Tuna Masculina da UBI. “As tunas têm sido sempre convidadas para as actividades académicas, porque considero que as tunas, o teatro e o desporto fazem parte da universidade”, realça o Reitor, que prometeu mais actuações das tunas nas próximas cerimónias académicas, pois considera que esta “é a vida da universidade”.