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Programação C para Totós
Sara Figueiredo · quarta, 10 de novembro de 2010 · @@y8Xxv O que sempre quiseste fazer, mas não sabias como!, Aprende a programar e a simplificar , as frases do cartaz, juntamente com o nome criativo do workshop foram motivo de grande atracção por parte dos alunos com interesse ou dificuldades em Programação. |
Um Workshop onde o único factor em comum, entre os alunos, é a programação em C. |
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No âmbito do 1º ciclo de estudos dos cursos de Tecnologias e Sistemas de Informação (T.S.I) e Engenharia Informática decorreu na passada quarta-feira, às 14h00 no Pólo 6 da UBI, o 1º Workshop sobre Programação em C para Totós, organizado pelos Núcleos UBITEC (Núcleo de Estudantes de Tecnologias de Informação) e NINF (Núcleo de Informação e Engenharia Informática). De acordo com Ricardo Pereira, Presidente da UBITEC, o evento, sobretudo destinado aos alunos do 1º ano, "pretende desmistificar o medo que os alunos têm da disciplina de Programação, um preconceito enraizado entre os estudantes, e tentar colmatar algumas das suas dificuldades. Muitos não têm experiência na área da programação, e procuramos dotá-los de técnicas básicas que funcionam como suplemento à cadeira". Parte da apresentação do workshop esteve a cargo de Hugo Proença, professor do Departamento de Informática, que explica a importância de aprender Programação. "Hoje em dia 90% dos licenciados nas áreas de Ciências Exactas, Engenharias e até Ciências Sociais e Humanas sentem necessidades de programar uma rotina, uma função, fazer algo muito específico através de mecanismos que ajudam no tratamento de dados para um determinado caso, como forma de facilitar o seu trabalho", diz. O docente acrescenta ainda que "mesmo para os restantes 10%, o conteúdo da disciplina deve ser encarado como um factor de exercício mental, como uma prova de que se é capaz de conceber um plano com vista à resolução de problemas". Além das ideias pré-concebidas, transmitidas e incutidas, de ano para ano aos mais novos, "as dificuldades na disciplina reflectem o facto de muitos alunos, sem experiência na área da Programação, poderem ingressar no curso de T.S.I com a prova de português". Para Mário Pereira, secretário do NINF, "esta é uma opção errada por se tratar de um curso altamente tecnológico de informática". Afirma ainda que "não faz sentido que os alunos possam entrar com uma disciplina das áreas Sociais e Humanas, já que nas matérias abordadas, durante o curso, não existem sequer cadeiras de línguas". O docente Hugo Proença compreende as dificuldades apresentadas pelos alunos e diz que "estes devem ter em conta que os problemas introdutórios de Programação e até os apresentados em disciplinas mais avançadas se resolvem essencialmente utilizando cinco ou seis instruções". Salienta que "basta ao aluno saber a sintaxe dessas instruções para que passe a estar exclusivamente dependente da sua capacidade de resolução de problemas". Na segunda parte do workshop esteve Ricardo Ponciano, aluno do 3º ano de Engenharia Informática, a quem coube ajudar os alunos participantes, através de exercícios práticos, a perceber o raciocínio que está por detrás da Programação. Este aluno refere que "a maioria dos alunos com dificuldades tem o que é preciso para programar, mas encara o problema de forma errada". Satisfeito com o resultado do evento, João André, aluno do 2º ano de Engenharia Informática refere que o "Workshop serviu para compactar e solidificar conhecimentos anteriores e transmitir a ideia de que as técnicas não estão propriamente no conhecimento C, mas no raciocínio do problema em si". Para Abel Gomes, Presidente do Departamento de Informática, é importante continuar a implementar este tipo de Workshops. Como tal, afirma que "a aquisição de conhecimentos extra-curriculares só tem benefícios para os alunos, na medida em que se cultivam sem que haja a pressão e o formalismo existente nas aulas". O "Workshop para Totós", um nome que para os organizadores foi "sugestivo", superou as expectativas pela sua enorme adesão. Para dia 17 de Novembro está já marcado um ciclo de palestras, organizado pela UBITEC, sobre "Um Pouco do Melhor que se faz por Cá".
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