Numa altura em que o governo altera a lei do financiamento dos partidos para um corte de 10 por cento no financiamento do Estado às campanhas eleitoras, os candidatos às presidenciais de 2011 não abdicam de fazer campanha. Francisco Lopes, candidato do Partido Comunista Português (PCP), não deixou de fora do seu roteiro o distrito de Castelo Branco, incluindo a Covilhã, mais propriamente o Lar de São José.
Albertina Ferreira, habitante covilhanense, sentiu um movimento maior na cidade, «muita gente» mas sem saber o sucedido acontecimento, nem conhecendo tal candidato, contou. Já Cristóvão Podão nunca viu o candidato mas conhece-o bem da televisão, embora afirme que «não tem hipótese» pois «a direita já está toda unida». O reformado de 80 anos sublinhou que o futuro Presidente da República tem que ser «um homem com muita coragem» e que a «solução para o País seria a esquerda que sempre esteve do lado dos trabalhadores» acrescenta.
Para Augusto Rocha, estudante da UBI, que tem conhecimento do candidato, conta que «é bom que existam sempre candidatos para que o povo português perceba que há sempre vários programas». Explica, que qualquer um tem hipóteses, pois «quem manda é o povo». Em relação a crise, Augusto Rocha afirma que «os portugueses dão o voto, o governo é que não governa. Criam a crise e agora aproveitam-se dela», acrescenta também, que no governo «não têm um colectivo, nem sabem o que isso é».
Embora o candidato Francisco Lopes seja um “fenómeno de popularidade” na sua terra natal, Vinhó, no concelho de Arganil, e aposte no “contacto directo” com o povo, grande parte da população da Covilhã não se apercebeu da visita do deputado ou simplesmente não teve informação de tal acontecimento. Alguns covilhanenses não conhecem a candidatura do deputado em questão. Francisco José de Almeida Lopes, 53 anos, licenciado em Electrotecnia, está na corrida a Belém com cinco candidatos assumidos por enquanto, Manuel Alegre do Partido Socialista (PS), Fernando Nobre candidato independente, José Pinto Coelho pelo Partido Nacional Renovador, Defensor Moura também candidato independente, e Cavaco Silva actual Presidente da República apoiado pelo Partido Social Democrata (PSD).