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Corrida pela castanha cumpre a tradição
Ana Lúcia Pais · quarta, 3 de novembro de 2010 · Mais que um evento desportivo, a prova de atletismo é uma rampa para a divulgação do fruto mais conhecido da aldeia: a castanha |
A venda da castanha é comum nesta aldeia |
21955 visitas A população de Sarzedo, Covilhã, assistiu pela 12º vez ao Grande Prémio da Castanha em Atletismo, no dia 31 de Outubro. O evento, organizado pelo GRDS (Grupo Desportivo e Recreativo Sarzedense) e pela Junta de Freguesia, contou com mais de 100 participantes, que correram pelos trilhos da Serra da Estrela, apesar das más condições meteorológicas. Para o presidente da Junta de Freguesia, José Ferreira, o mais importante é “divulgar o grande fruto que é a castanha e a boa qualidade que temos na nossa terra” e salienta que “a missão está cumprida” apesar de que, “em tempos de crise, cada vez há mais dificuldades para ajudar nestes eventos”. António Barbas, da organização, reafirma as palavras do presidente e acrescenta que se fosse “uma cidade, uma vila, talvez seria melhor e enquanto estamos numa aldeia não lhe dão tanto valor”. Dividida nas categorias de infantis, iniciados, juvenis e veteranos/seniores, a corrida contou com a presença de equipas como Veteranos de Santa Maria, Donas, Inatel, A.A. Castelo Branco, Pereiros, Bairro Municipal, Estrela FCCA, Bairro do Cansado, Vila Chã, Teixoso, Bouça e Terras de Barro (equipa com mais vitórias na prova). José Campos, de 69 anos, corre pelos Veteranos de Santa Maria desde a primeira edição da prova pois gosta de dar o exemplo a jovens atletas e afirma que vale a pena ir até ao Sarzedo “pela forma como tratam os atletas”. A corrida contou não só com o apoio do IPJ e da Inatel, mas também da Câmara Municipal da Covilhã (CMC). O vereador do desporto e da cultura da CMC, Paulo Rosa, afirma que a prova já “faz parte do calendário de atletismo de Castelo Branco” e que eventos como estes são positivos e continuarão a ser feitos pois fazem com que se tenha “de facto um dia diferente” e que “as pessoas que a visitam conheçam esta freguesia e as belíssimas paisagens naturais”. Ao longo do dia, bancas improvisadas nas ruas serviram para vender o fruto que em tempos movimentava parte da economia da povoação. O dia terminou em festa com um magusto organizado pelo GRDS, regado a muita jeropiga e com um espectáculo de fogo-de-artifício.
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