O terceiro festival da cherovia decorreu, entre 28 de Outubro e 1 de Novembro, no Jardim Público da Covilhã e, apesar do mau tempo, a iniciativa não se deixou vencer pelas condições meteorológicas.
O festival dedicado ao tubérculo típico da Covilhã foi lançado em 2008 e, devido ao sucesso obtido, todos os anos se repete. “Apesar do orçamento ser pequeno não podíamos deixar de fazer o festival, as solicitações foram tantas que decidimos, mesmo com o orçamento que temos, avançar com o evento”, declarou Eduardo Cavaco, membro da organização.
O mau tempo não ajudou à festa este ano e, a chuva e o vento, criaram problemas para as vendas do produto. “Este ano é que o tempo não ajuda". A venda “está um pouquinho mais fraca, também a crise se reflecte e com este frio também as pessoas ficam no aconchego das casas” declara Ludovina Pontífice, uma das cozinheiras do festival. Já Eduardo Cavaco, organizador do festival, apresentou uma atitude optimista apesar do contratempo e afirmou que “o festival tem sido um grande sucesso apesar de algumas limitações devido à chuva que tem caído. Tem havido grande afluência de público, que excedeu todas as expectativas.”
A principal atracção é a maneira variada como a cherovia é confeccionada, o que não deixa as pessoas indiferentes, querendo provar a gastronomia que envolve o tubérculo. Rosa Ramos, de 71 anos, explica o processo de confecção da cherovia, “a gente parte, descasca, depois coze-se, arrefece-se. Quando está frio, passa-se no ovo e na farinha e vai a fritar.” O principal ingrediente para que tudo corra bem é a boa disposição para se fazer o produto. “ Nós fazemos isso por amor à arte, o professor Cavaco fez-nos este desafio o ano passado e nós colaboramos. Então, inventámos pôr cherovia dentro da filhó e foi um êxito” declara Rosa Pontífice, de 48 anos, enquanto frita algumas filhoses. A confecção destas iguarias agrada a quem as prova,”Já tive a provar o licor, a filhós e a cherovia frita e deu para comprovar que o nosso produto é uma maravilha, adorei” garante Manuel Santos, de 51 anos. Já Diana Pereira, de 20 anos diz que “o licorzinho cai muito bem, mas a filhós é das melhores coisas entre as comidas que estão aqui.”
Para além da parte gastronómica, este evento promove concursos e concertos e, este ano, surgiram novidades. “Desde logo a localização, incorporando a Rua Direita. Depois as tasquinhas que temos, também a rádio cherovia, que se encontra no interior do recinto. Há também novas iguarias como a sopa e pizza de cherovia. A nível de concursos temos o da cherovia mais pesada e o exemplar mais comprido, que já existiu nos anos anteriores, e a cherovia mais acrobática, que é uma novidade”, explica aquele membro da organização. Estes fecharam o festival, na segunda feira, dia 1 de Novembro, com a divulgação dos vencedores de cada competição.