Foi no Teatro Cine de Castelo Branco que decorreu, no passado sábado, 30 de Outubro, o congresso distrital do PS. No centro da cidade, os militantes “rosas” debateram alguns dos temas mais prementes da agenda política.
A reunião magna do congresso acabaria por ficar marcada por um convite de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia da Conceição, ao edil albicastrense. Martins justificou o repto com o facto de Morão “ser um homem de vitórias”. “És a pessoa melhor preparada para seres o candidato do PS à Câmara da Covilhã”. Por entre uma intervenção que apontava para a renovação do partido, nos próximos tempos, o actual autarca da Conceição, acabou por escolher um dos históricos para avançar na Covilhã. Recorde-se que Martins está fora da actual equipa concelhia que dirige a secção socialista na Covilhã. Um órgão que já presidiu e que tem a competência de escolher o candidato à câmara.
Contudo, Joaquim Morão, agora reeleito presidente da distrital, depressa recusou o desafio. Para o presidente da Câmara de Castelo Branco, ainda não é tempo de “deixar de servir o PS ou intervir no distrito de Castelo Branco”, mas as autárquicas estão de fora. Para Morão, o trabalho camarário “termina em 2013”, ano em que termina o seu mandato.
Neste encontro, os socialistas avançaram com alguns objectivos para o distrito, que passam precisamente pela conquista de mais câmara municipais e pela mobilização de mais militantes. Outra das temáticas que mais tempo acabou por ocupar aos congressistas foi a situação do partido no concelho covilhanense. Vítor Pereira, vereador na autarquia serrana acabou por apresentar uma moção que “serviu para mostrar uma visão das coisas nos tempos que correm”.
Pereira aproveitou o momento para enviar alguns recados à concelhia serrana. Numa moção “que é um convite ao debate, à discussão”, o vereador que não integra a actual equipa concelhia manifestou a “vontade de melhorar, de construir um PS mais forte e mais interveniente na vida política da Covilhã e do distrito de Castelo Branco”. Depois de terem sido apresentadas duas listas ao congresso, de militantes covilhanense, e uma destas ter sido impugnada, Pereira refere que “os militantes da secção da Covilhã têm que agir de forma articulada”. No entender do anterior candidato à Câmara da Covilhã, devem ser rejeitados os projectos unipessoais de poder “assentes nos interesses de uns poucos, que contaminam a qualidade e a credibilidade das ideias e princípios que caracterizam o Partido Socialista”. Sem nunca especificar as suas intervenções, o primeiro subscritor da moção “PS Covilhã, um compromisso com futuro” espera que esta concelhia seja “um espaço inclusivo e empenhado em trazer de novo os militantes à vida política activa, sabendo conviver com a diferença, com o pluralismo de ideias e de projectos”. A estratégia do PS, na Covilhã, deve então passar “por uma maior abertura à sociedade e, assim, conquistar cada vez mais cidadãos para a intervenção política”.
Para o próximo ano estão agendadas eleições na concelhia covilhanense e há já quem aponte uma lista adversária, liderada por Jorge Pombo, ex-presidente da autarquia covilhanense, relativamente à equipa chefiada por Miguel Nascimento.