A habitação jovem e a recuperação do centro histórico da Covilhã estiveram na base da iniciativa promovida pela Federação Distrital de Castelo Branco da Juventude Socialista em conjunto com a concelhia da Covilhã. O roteiro da iniciativa passou pelo centro histórico da Covilhã onde os militantes socialistas apontaram “diferentes exemplos de degradação desta zona da cidade”.
Uma iniciativa que contou também com uma sessão de esclarecimento sobre a temática. Actividade que contou com Dulce Moura, doutoranda em Sociologia Urbana pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, e ex-adjunta do Secretário de Estado da Habitação e Ordenamento do Território, como oradora convidada.
De entre as conclusões do debate dos socialistas, destaque para o facto “dos projectos da Sociedade de Reabilitação Urbana “Nova Covilhã” que têm sido apresentados pela Câmara Municipal da Covilhã demorarem a passar do anúncio à prática”. Para os jovens socialistas covilhanenses, “a inversão do estado actual do centro histórico da Covilhã passa por uma requalificação urbana urgente, devendo-se numa fase seguinte criar programas de arrendamento ou venda a custos controlados para jovens”. Durante o debate foram abordadas várias perspectivas e programa que podem fomentar esta mudança, como o Porta 65, de arrendamento jovem e também o aproveitamento de uma comunidade estudantil universitária que pode ter no centro histórico, com imóveis recuperados, uma opção de alojamento. “Entendemos que o desenvolvimento destes programas dará um forte contributo na inversão do estado actual de degradação urbana do centro histórico e permitirá relançar o comércio e serviços nesta zona da cidade”, acrescentam os membros da JS.
Dulce Moura referiu, durante o debate, que as autarquias podem incorporar quotas de habitação jovem a custos controlados nas áreas urbanizáveis e podem também “exigir aos promotores de empreendimentos, a introdução de uma quota mínima para habitação jovem a custos controlados na sequência do licenciamento de novos loteamentos e urbanizações”. Um outro ponto que vai no sentido da recuperação das zonas mais antigas da cidade passa pelo apoio à “auto-construção, factor que deverá ser encarado como uma forma de promoção da emancipação jovem na área da habitação”. Reduzir taxas e pagamento de licenças municipais é uma forma de se alcançar este intento.